A soja fechou em baixa na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta terça-feira, pressionada pelo ritmo acelerado da colheita no Brasil e pelas incertezas econômicas globais. Segundo a TF Agroeconômica, o contrato de soja para maio, referência para a safra brasileira, recuou 0,27%, cotado a US$ 1.012,75 por bushel. O vencimento de julho também caiu 0,27%, para US$ 1.026,50 por bushel. O farelo de soja acompanhou a tendência, com queda de 1,45%, enquanto o óleo de soja subiu 1,05%.
A Conab informou que 69,8% da área de soja já foi colhida, superando os 60,9% do relatório anterior e a média de cinco anos de 64,9%. O avanço da colheita consolidou a recuperação do atraso inicial da safra, aumentando a oferta e pressionando os preços. Além disso, o mercado acompanha de perto o impacto da política comercial dos EUA, com novas tarifas impostas pelo governo Trump e possíveis retaliações de países afetados.
Os mercados globais também enfrentam preocupações com uma possível recessão nos Estados Unidos, o que afeta não apenas as commodities, mas também os índices de Wall Street. A volatilidade dos mercados financeiros reforça a cautela dos investidores e contribui para o cenário de incerteza.
Diante desse contexto, a pressão sobre os preços da soja deve continuar no curto prazo, especialmente com a conclusão da colheita no Brasil e os desdobramentos da guerra comercial. O mercado segue atento às decisões de política econômica e seus efeitos sobre o comércio global.
“Além das tarifas, os armadores estão monitorando de perto — e muito preocupados com — a possibilidade de que o governo Trump imponha taxas portuárias onerosas sobre embarcações construídas e/ou operadas pela China. De acordo com especialistas, essas taxas geram custos adicionais para toda a cadeia comercial (por exemplo, preços mais baixos para os produtores) e uma perda de competitividade para as exportações dos EUA. Isso pode ser decidido na semana que vem”, conclui.
Fonte: agrolink