Segundo Fabio Meneghin, fundador da Veeries, desde o início de junho, os preços internacionais do milho registaram uma queda de pouco mais de 10%, impulsionados pelas excelentes condições da safra nos Estados Unidos. A expectativa de uma colheita robusta por lá tem base nos preços para baixo, o que reflete diretamente no mercado global de grãos.
No Brasil, no entanto, o cenário é distinto. Apesar de uma recuperação lenta, os preços do milho no mercado interno são fortalecidos. Esse movimento é sustentado por uma taxa de câmbio mais alta e por prêmios de exportações que quase quadruplicaram nos últimos 30 dias. Esse aumento reflete um ambiente de oportunidades para os produtores brasileiros, que podem se beneficiar das condições atuais do mercado.
O contexto global também apresenta desafios importantes. A estimativa que afeta o Leste Europeu, especialmente a Ucrânia e a Rússia, está comprometendo a produção na região, o que gera ainda mais pressão sobre os preços internacionais. Na China, a expectativa inicial de uma excelente safra de milho foi revisada para uma colheita muito boa, mas ainda insuficiente para atender à demanda interna, o que deve resultar em elevações nas mesmas.
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Com a queda no preço da soja, a tendência para o Brasil é que os produtores intensifiquem a comercialização de milho nos próximos meses, buscando diversificar suas fontes de renda e proteger suas margens de lucro. Esse movimento pode ser impulsionado pela atratividade dos preços internos de mais empresas, que oferecem melhores condições de negociação para os agricultores. Além disso, o cenário econômico, marcado pela alta do câmbio e pelos prêmios de exportação, cria um ambiente favorável para que os produtores aproveitem essas oportunidades de mercado e maximizem seus ganhos no curto e no médio prazo.
Fonte: agrolink
