As chuvas contínuas no Rio Grande do Sul têm causado escassez de néctar e pólen devido à lavagem das flores, além de dificultar o acesso das abelhas aos alimentos naturais durante o forrageamento. Segundo o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado na última quinta-feira (16/05), esse cenário também tem acelerado o consumo das reservas de mel, comprometendo a manutenção dos enxames.
Na região de Bagé, especificamente em Alegrete, a colheita de mel foi desfavorável após três semanas de chuvas constantes, resultando na queda ou lavagem do néctar e do pólen das flores. A disponibilidade de alimento para as abelhas durante o forrageamento foi severamente comprometida. Situação semelhante foi observada em Caxias do Sul, onde, apesar das condições sanitárias dos enxames serem satisfatórias e sem relatos de abelhas mortas próximas às colmeias, houve redução na postura das rainhas e diminuição da população de abelhas. Os estoques de alimentos foram parcialmente consumidos, sem reposição.
Em Erechim, houve escassez de néctar e redução do movimento das abelhas. Já em Ijuí, o excesso de umidade e chuva continua prejudicando a atividade das abelhas e o manejo das colmeias, com perdas registradas próximas aos mananciais de água devido à elevação e ao transbordamento dos corpos hídricos.
Na região de Passo Fundo, o avanço do outono sinaliza baixa produção de mel por causa das condições climáticas e das baixas temperaturas, exigindo maior atenção à manutenção da alimentação das colmeias. Em Pelotas, as chuvas excessivas continuam atrasando a colheita de outono e provocando perdas de enxames. Em Canguçu, a baixa produtividade levou ao início do manejo de inverno.
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Porto Alegre e Santa Maria relataram muitas perdas causadas pelas enchentes, com apiários sendo levados pelas águas ou alagados. Em Santa Rosa, os dias nublados e as chuvas abundantes têm dificultado o trabalho das abelhas operárias, mas não há relatos de problemas sanitários nos apiários. Na região de Soledade, os enxames também estão sendo severamente afetados.
Fonte: agrolink
