Diante do relatório de julho do USDA, a previsão para as cotações de soja em Chicago e os preços no mercado físico para os próximos 12 meses é de uma queda significativa, segundo informações da TF Agroeconômica. O aumento brutal da oferta, com a produção subindo em 26,85 milhões de toneladas e os estoques finais crescendo em 16,51 milhões de toneladas, aponta para um cenário de excesso de oferta.
Nesse contexto, sem informações seguras sobre eventos que possam alterar esse panorama, como quebras de safra no Brasil ou nos EUA, ou possíveis sanções comerciais de Trump contra a China, nossa recomendação é clara.
Caso não haja novidades relevantes no cenário agrícola ou político, a TF sugere a venda de todo o estoque remanescente da safra passada e pelo menos 80% da próxima safra. Essa orientação já vinha sendo dada desde outubro passado, quando os preços estavam em R$ 150 por saca. Aqueles que seguiram nosso conselho não se arrependeram, pois, mesmo com a recente queda de preços, ainda há um lucro de aproximadamente 28,38%, o que é considerável.
A situação atual ainda permite um lucro significativo, mas a perspectiva de queda nos preços devido ao aumento da oferta deve ser levada em conta. Portanto, vender agora é uma estratégia prudente para garantir o lucro acumulado e evitar perdas futuras. A volatilidade do mercado agrícola é grande, e agir com antecedência pode ser a diferença entre lucro e prejuízo.
A recuperação parcial dos preços da soja em Chicago se deve a compras técnicas e vendas significativas para a China, incentivadas pelos preços deprimidos que atraem compradores chineses aos Estados Unidos. No Brasil, a competição entre esmagadoras e exportadores deve manter os preços estáveis até setembro, recomendando-se a venda e aplicação do dinheiro.
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Por outro lado, boas condições climáticas nos EUA sustentam o bom estado das lavouras de soja, e a estimativa de colheita recorde de 122,01 milhões de toneladas para 2024/2025 reforça essa tendência. No Brasil, a projeção de uma safra recorde de 165 milhões de toneladas, com aumento de produtividade e área plantada, também pressiona os preços. Além disso, a queda de 3,5% no valor do petróleo impacta negativamente o óleo de soja e a indústria de biocombustíveis.
Fonte: agrolink