O agronegócio enfrenta um momento desafiador, a comercialização de soja atingiu apenas 45% da capacidade esperada para este ano. De acordo com dados fornecidos pela Biond Agro, especialista em análise do agronegócio, o país já negociou cerca de 68,5 milhões de toneladas da safra 23/24, representando um atraso em comparação com anos anteriores. Essa desaceleração nas vendas levanta preocupações sobre os riscos logísticos que podem surgir no segundo semestre. A Biond Agro destaca que a baixa comercialização, combinada com a entrada do milho safrinha a partir de meados de maio, resultará em uma concentração ainda maior no escoamento da safra. Esse movimento poderá pressionar os armazéns já deficitários em capacidade, além de impactar toda a cadeia logística e aumentar os custos para os produtores.
Segundo Felipe Jordy, líder de inteligência e assessoria da Biond Agro, o déficit de armazenagem é um dos principais desafios enfrentados pelo setor. Em 2024, esse déficit já ultrapassa os 100 milhões de toneladas, refletindo a incapacidade da infraestrutura em acompanhar o crescimento da produção agrícola.
Além disso, a redução da utilização de modais eficientes, como o ferroviário, agrava ainda mais a situação. O projeto da Ferrogrão, que poderia melhorar o escoamento de grãos, foi barrado pelo STF, gerando incertezas sobre futuros investimentos nessa área crucial para o agronegócio brasileiro.
Para o segundo semestre, a Biond Agro alerta para o aumento da demanda pelo modal rodoviário, especialmente durante o início da colheita e transbordo do milho e outras culturas. Isso pode resultar em elevação dos custos de transporte, impactando diretamente os produtores.
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Diante desse panorama desafiador, a Biond Agro enfatiza a importância da análise de mercado e dos fluxos logísticos para mitigar os riscos e acompanhar os custos. Para os produtores que adotam políticas de venda e investem em infraestrutura, é possível não apenas superar esses desafios, mas também identificar oportunidades em momentos de crise.
Fonte: agrolink
