Stefano Volp sobre thriller com LGBTs: “Histórias que preciso contar”


o-beijo-do-rio

Um jovem jornalista negro e bissexual retorna para sua cidade natal na tentativa de investigar a morte do melhor amigo de infância. Lá, ele precisa enfrentar medos antigos e lidar com dores profundas, que tentou ignorar por anos. Esse é o enredo de O Beijo do Rio, quinto livro do escritor e roteirista Stefano Volp, editado pela Harper Collins.

O thriller chega logo após Volp levar Homens Pretos (não) Choram ao topo dos mais vendidos nas categoria Contos de Literatura e Ficção. Primeiro, O Beijo do Rio foi lançado em abril, para 30 mil assinantes, pelo clube de assinaturas TAG-Inéditos e, em julho, na Bienal do Livro, em São Paulo, para o restante do público.

Bem recepcionado, já acumula 136 avaliações, e exibe 4,9 de 5 estrelas possíveis no site da Amazon, um dos principais e-commerces de livros do Brasil.

O escritor capixaba de 32 anos explica que a obra nasceu do interesse em debater masculinidades na ficção. “Acompanhar a jornada de um personagem que tem suas vulnerabilidades expostas e fragmentadas em busca de cura e respostas é uma ótima pista para o autoconhecimento. E a maioria dos thrillers psicológicos funcionam”, explica o autor, que cresceu lendo thrillers e tem afinidade com temas relacionados a causas sociais, racismo, pessoas LGBT+, saúde mental e conscientização social.

Publicidade do parceiro Metrópoles 1

0

“Escrevo as histórias que preciso contar”, declara Volp. “Elas aparecem para mim independentemente de gênero, por isso passeio em cada uma delas. Eu quero que as pessoas entrem em uma livraria e esbarrem em meus livros em diferentes seções ao mesmo tempo. Minha meta é atingir o máximo de públicos possíveis”, declara o autor, que tem livros de contos, literatura jovem-adulto, entre outros.

Fundador da editora Escureceu e do Clube da Caixa Preta, uma sociedade de leitura que resgata contos clássicos escritos por autores negros por meio do Catarse, plataforma de financiamento coletivo, Volp defende a literatura popular e avalia a discriminação ao gênero.

“Percebo que uma parcela do mercado pouco prestigia, ou até desmerece, livros abraçados pelo público em massa. Acho injusto e preconceituoso. A sensação de desfrutar de um bom momento de leitura não deveria estar condicionada a um cânone literário. Precisamos de menos rótulos elitistas”, analisa.

 

Ver essa foto no Instagram

 

Uma publicação compartilhada por VOLP (@volp___)

 

Anteriores Ex-campeã do UFC critica fãs da organização: “São tipo modinha”
Próxima Confira o desempenho exportador das carnes em 2022