Uma marca pode ser generalista, mas sempre tem um segmento onde nunca teve tradição. A Kia, por exemplo, já vendeu de hatches compactos até minivans e SUVs grandes, mas nunca tinha feito uma picape. Pelo menos até agora, já que acaba de lançar a polêmica Tasman.
Mas não foi a primeira —e nem a última— vez que uma fabricante resolveu pisar em terrenos até então “desconhecidos”. Algumas fizeram isso e se deram bem, como é o caso da Ferrari, que estreou no mundo dos SUVs com o Purosangue. O modelo, aliás, fez a marca tradicional em esportivos bater recorde de vendas.
Outras tentativas, no entanto, não deram tão certo assim, como a Mercedes-Benz, que vendeu a picape média Classe X por pouco tempo, sem muito sucesso. Pensando nisso, Autoesporte listou oito exemplos de marcas que se arriscaram em novos segmentos. Confira!
Austrália, África do Sul, Sudeste da Ásia e Oriente Médio são grandes compradores de picapes e a Kia não quis ficar de fora. Por isso, lançou recentemente a Tasman, uma caminhonete média com versões a gasolina ou diesel e cabine simples ou dupla.
As vendas ainda não começaram, então será necessário aguardar para entender o desempenho do modelo no mercado mundial. Vale dizer que há grandes chances da Tasman chegar ao mercado brasileiro em 2026.
Conhecida pelos carros esportivos famosos dos filmes do James Bond, a Aston Martin precisava de um carro compacto para baixar suas médias de emissões de poluentes. A solução estava na Toyota, que tinha o iQ em sua linha. Um banho de loja depois, nasceu o Cygnet com seu motor 1.3 de 98 cv de potência em 2011. O hatch, entretanto, não convenceu os fãs da marca. Com vendas fracas, o compacto saiu de linha dois anos depois do lançamento.
Novamente, a Aston Martin foi entrar em uma nova categoria. Mas, desta vez, com um pouco mais de sucesso. Foi o sedã Rapide, vendido entre 2010 e 2020. O estilo cupê de quatro portas que acabou virando moda entre as marcas de luxo favoreceu nas vendas do modelo, mas a chegada do SUV DBX acabou ocupando o espaço do Aston de quatro portas.
Outra vez uma picape média, dessa vez foi a BYD Shark, já lançada no Brasil por R$ 379.800 de olho no público do agro. Ainda não é possível medir o sucesso ou o fracasso do modelo, afinal, a caminhonete híbrida acabou de chegar ao mercado.
A fabricante chinesa, no entanto, já mostrou que sabe vender hatches, sedãs e SUVs. Agora vamos ver como será o comportamento no segmento de picapes.
A talvez mais famosa marca de esportivos sucumbiu aos SUVs e lançou o Purosangue em 2022 para o desdém dos puristas. Dois anos depois, o resultado surpreende. A marca italiana vendeu como nunca na primeira metade de 2024.
De janeiro a junho deste ano, foram 7.044 emplacamentos. Ou seja, representa o dobro em relação ao mesmo período de 10 anos atrás. Os números são da consultoria Jato Dynamics, que mostra que o SUV é o terceiro carro mais vendido Ferrari, atrás da 296 e da Roma.
Hoje, a Lamborghini tem o SUV Urus em sua linha, mas a sua história no segmento começou muito antes. Tradicional em esportivos, a marca italiana se arriscou no mundo dos “jipões” quando lançou o LM-002 em 1986, equipado com o V12 5.2 do Countach para fazer o SUV quadradão chegar aos 100 km/h em 7,8 segundos e atingir 210 km/h de máxima.
A Classe X é a terceira picape média a aparecer nesta lista e já podemos dizer que não deu muito certo. O modelo foi um dos frutos da parceria entre Mercedes-Benz, Nissan e Renault.
Entretanto, enquanto Nissan Frontier e Renault Alaskan são vendidas até hoje, a versão mais luxuosa Mercedes Classe X não fez o sucesso esperado com seu V6 turbodiesel de 258 cv e saiu de linha com menos de três anos de produção.
Falar em Rolls-Royce faz lembrar imediatamente de sedãs de extremo luxo, mas a marca foi mais uma a abrir mão de sua tradição e lançar um utilitário esportivo. E foi assim que nasceu o Cullinan, que manteve todo o luxo de um legítimo Rolls-Royce, mas com com uma carroceria revestida de alumínio, além do motor 6.75 V12 biturbo de 571 cv e 86,7 mkgf. Com suas 2,6 toneladas, consegue chegar aos 100 km/h em 5,2 segundos e é um dos exemplos de sucesso.
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Fonte: direitonews