Brasil é o 8º maior poluidor dos oceanos com plástico


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O Brasil ocupa a oitava posição mundial entre os países que mais poluem os oceanos com resíduos plásticos, despejando cerca de 1,3 milhão de toneladas de plástico por ano. O volume equivale ao peso de 1,3 milhão de carros pequenos, segundo dados da ONG Oceana, que recentemente publicou o relatório “Fragmentos da Destruição: Impacto do Plástico à Biodiversidade Marinha Brasileira”. Além das praias e do litoral, a poluição plástica afeta também rios e áreas distantes. Estudo mostra que 98% dos peixes amazônicos examinados apresentavam microplásticos em seu sistema respiratório e digestivo.

A situação preocupa especialistas como Iran Magno, analista de campanhas da Oceana, que defende um “ecossistema em equilíbrio” para que o mar continue a ser uma fonte de alimentos para milhões de pessoas. Magno enfatiza a necessidade de uma abordagem ampla, não limitada apenas à responsabilidade dos consumidores. “É urgente que o Poder Público assuma um papel de liderança para a redução efetiva do plástico descartável e incentivo de alternativas sustentáveis,” afirma.

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Carla Bastos Vidal, professora e pesquisadora da UFC, alerta que a poluição por plástico é uma das maiores ameaças ambientais, ficando atrás apenas das mudanças climáticas. Ela destaca que microplásticos estão presentes em diversas fontes cotidianas, como produtos de higiene e fibras sintéticas das roupas, e muitos deles acabam no mar, sendo ingeridos por animais marinhos. Estudo revela que nove das dez espécies de peixes mais consumidas no mundo contêm plástico, afetando a saúde humana ao longo da cadeia alimentar.

Além disso, a ONU propôs em 2023 um plano para reduzir a poluição plástica até 2040, mas os desafios são grandes. Segundo Vidal, para que o mercado de reciclagem e reutilização de plásticos seja viável, ele precisa ser economicamente mais vantajoso que o modelo atual, focado em plásticos descartáveis.

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Para transformar o cenário, a professora aponta o Projeto de Lei 2524/2022, que promove a economia circular. Segundo Vidal, esse modelo visa reutilizar recursos naturais em um ciclo contínuo, evitando a produção de resíduos.

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Fonte: gazetabrasil

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