De acordo com a TF Agroeconômica, a soja fechou a semana com queda em Chicago, mas ainda assim conseguiu registrar a terceira semana consecutiva de alta. Na última sexta-feira, ocorreu uma movimentação de tomada de lucros por parte dos investidores, após cinco sessões seguidas de valorização. Contribuíram para essa reversão o avanço da colheita em algumas regiões e as chuvas no extremo leste do cinturão de soja e milho, especialmente em Ohio, o estado mais necessitado de umidade. Essas precipitações, embora pontuais, podem beneficiar as lavouras mais tardias e trazer alívio para algumas áreas.
No entanto, o que mais preocupa no momento é o clima no Brasil. As condições adversas nos principais estados produtores do Centro-Oeste e do Norte, com rios em situação crítica, têm dificultado o escoamento da safra pelo Arco Norte e atrasado o início do plantio da soja, o que pode impactar também a Safrinha de milho de 2025. Diante desse cenário, a TF Agroeconômica recomenda cautela e aguardar uma definição mais clara do clima no Brasil, pois os indicativos já sugerem uma possível redução na oferta, o que pode levar a uma alta nos preços em Chicago, nos prêmios nos portos brasileiros e nos valores pagos aos produtores.
Entre os fatores que podem sustentar uma alta no mercado, destacam-se as exportações americanas, que apesar de terem registrado um volume inferior ao da semana anterior, ficaram dentro das expectativas dos operadores. A China foi o principal destino, adquirindo 1.002.400 toneladas. Além disso, as estimativas para a safra 2024/2025 de soja no Brasil continuam altas, com previsões de até 169 milhões de toneladas, segundo o USDA, mesmo com a possibilidade de chuvas abaixo da média em setembro.
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Por outro lado, há fatores que podem pressionar os preços para baixo. A tomada de lucros dos investidores após a sequência de altas é um deles, além do avanço dos trabalhos de colheita em algumas regiões e o grande estoque de farelo de soja. A demanda por óleo de soja tem impulsionado o esmagamento, mas o volume de farelo gerado excede a demanda, levando as indústrias a ajustar os preços da soja. Enquanto o preço do óleo de soja subiu 26,28% no ano, o farelo caiu 13,60% e os grãos recuaram 23,52%, pressionando o mercado como um todo.
Fonte: agrolink