Açúcar cai mais de 7% e testa mínimas de 5 meses em NY nesta 4ª com alívio nos temores com a oferta


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Os contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta quarta-feira (06) com queda expressiva nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado do adoçante sente alívio nos temores com a oferta global, principalmente com expectativas de maior colheita no Centro-Sul do Brasil.

O mercado também acompanha um cenário mais favorável com a safra da Índia, além das oscilações do petróleo.

O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve desvalorização de 7,85%, a 23,00 cents/lb, com máxima em 24,92 cents/lb e mínima de 22,94 cents/lb, que não era vista desde julho. Em Londres, o primeiro contrato teve baixa de 6,93%, negociado a US$ 643,60 a tonelada.

O otimismo com a safra global 2023/24 de açúcar, principalmente com os recentes dados de avanço da safra do Brasil, pressionou fortemente os preços do açúcar nas bolsas. A trading inglesa Czarnikow, inclusive, passou a ver um excedente global de 200 mil toneladas no ciclo.

“A produção de açúcar maior do que o esperado na importante região Centro-Sul do Brasil aliviou a escassez de oferta e contribuiu para o atual período de longas liquidações por fundos de investimento”, destacou a agência de notícias Reuters sobre a queda expressiva do açúcar no dia.

A produção do adoçante na temporada 2023/24 do Centro-Sul do país é vista agora pelos operadores de mercado, segundo a agência de notícias, entre 41,5 a 42 milhões de t. Em agosto, uma pesquisa da Reuters previa a produção na região em cerca de 39 milhões de toneladas.

Além disso, a Organização Internacional do Açúcar (ISO, na sigla em inglês) informa que o mercado do adoçante também caía nesta quarta à medida que a produção da Índia supera as expectativas iniciais. O país vinha com sua safra impactada pelo fenômeno climático El Niño.

No financeiro, o açúcar também encontrou pressão da queda forte do petróleo no cenário internacional na sessão de hoje. As oscilações do óleo impactam diretamente na decisão de produção das usinas, se serão mais voltadas para a produção do adoçante ou etanol.

“Há uma destruição da demanda vinda do lado do combustível. O mercado está mais focado na demanda do que na oferta neste momento”, disse à agência de notícias Reuters Dennis Kissler, vice-presidente sênior de negociação da BOK Financial.

MERCADO INTERNO

Os preços internos do açúcar têm recuado nos últimos dias em meio à menor demanda na pronta-entrega, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP). Ainda assim, as cotações atuais operam acima das praticadas no mesmo período do ano passado, tendo em vista que usinas priorizam as exportações do açúcar.

No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 155,86 a saca de 50 kg com valorização de 0,52%.

Nas regiões Norte e Nordeste, o açúcar ficou cotado a R$ 155,48 – estável, segundo dados coletados pela consultoria Datagro. Já o açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 26,01 c/lb com desvalorização de 3,29%.

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Fonte: noticiasagricolas

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