Na Etiópia, chanceler da China diz que África não deve ser ‘palco de competição internacional’


Discursando em Adis Abeba, capital da Etiópia, o chanceler chinês, Qin Gang, enfatizou a parceria de Pequim com a África em segurança e desenvolvimento econômico e disse que o continente não deve ser uma arena para a competição entre potências mundiais.

“A África deve ser um grande palco para a cooperação internacional, não uma arena para a competição de grandes países”, afirmou Qin em entrevista coletiva com o presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki segundo a Reuters.

A visita do recém-empossado ministro das Relações Exteriores chinês ao país acontece pela inauguração da nova sede dos Centros Africanos de Controle e Prevenção de Doenças. A China financiou a construção do complexo, como já havia feito para a própria sede da União Africana, localizada também na capital etíope.
© AP Photo / Mídia AssociadaO ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, segundo à esquerda, e o presidente da Comissão da União Africana (AUC), Moussa Faki Mahamat, ao centro, participam da inauguração dos Centros Africanos de Controle e Prevenção de Doenças (Africa CDC) em Adis Abeba, Etiópia, 11 de janeiro , 2023.

O ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, segundo à esquerda, e o presidente da Comissão da União Africana (AUC), Moussa Faki Mahamat, ao centro, participam da inauguração dos Centros Africanos de Controle e Prevenção de Doenças (Africa CDC) em Adis Abeba, Etiópia, 11 de janeiro , 2023. - Sputnik Brasil, 1920, 11.01.2023

O ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, segundo à esquerda, e o presidente da Comissão da União Africana (AUC), Moussa Faki Mahamat, ao centro, participam da inauguração dos Centros Africanos de Controle e Prevenção de Doenças (Africa CDC) em Adis Abeba, Etiópia, 11 de janeiro , 2023.
Na terça-feira (10), o chanceler se reuniu com o primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, e outros funcionários do governo e anunciou um cancelamento parcial da dívida da Etiópia com a China durante a visita, embora nenhum dos lados tenha fornecido detalhes. Da Etiópia, Qin seguirá para visitas a Gabão, Angola, Benin e Egito.
A Etiópia pegou emprestado US$ 13,7 bilhões (R$ 71,9 bilhões) do gigante asiático desde 2000 e busca reestruturar sua dívida com credores estrangeiros desde 2021.
A China é o maior parceiro comercial da África há mais de uma década. Pequim compete por influência com os Estados Unidos, que receberam os líderes de 49 países africanos no mês passado, bem como com ex-potências coloniais como Reino Unido e França.
Mulher passa ao lado de plataforma promovendo Fórum de Um Cinturão, Uma Rota em Pequim, China, 23 de abril de 2019 - Sputnik Brasil, 1920, 09.02.2022

Pedido africano para ingresso no Conselho de Segurança da ONU

Ainda durante o encontro, Moussa Faki disse em uma coletiva de imprensa conjunta que a falta de representação permanente da África no Conselho de Segurança é uma “questão candente”, considerando que a maioria das questões na agenda do conselho está relacionada a países africanos.
“É inaceitável que outros decidam no lugar dos outros. Não é justo. Precisamos de uma nova ordem em nível internacional que respeite os interesses dos outros”, afirmou Faki de acordo com a ABC News.
A China é um dos cinco membros permanentes do conselho.

Fonte: sputniknewsbrasil

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