Segundo a TF Agroeconômica, a recomendação atual para os produtores de milho no Brasil é clara: vender os estoques e investir os recursos em aplicações financeiras, que têm mostrado um retorno superior ao do armazenamento. Isso se dá pelo fato de que, apesar de uma leve alta nos preços no mercado físico, o aumento de 0,93% em agosto ficou abaixo do rendimento mínimo das aplicações financeiras, que chegam a 1,0%. Além disso, os preços domésticos permanecem bem abaixo dos custos de produção, estimados pelo Deral-PR em R$ 73,60 por saca.
No mercado, o segundo semestre tradicionalmente é marcado por uma disputa acirrada entre exportadores e indústrias de carne. Com a exportação de milho ocorrendo em maior volume nessa época, há uma pressão natural sobre os preços. No entanto, com os preços das carnes em alta, a indústria de carnes tem puxado o preço do milho para cima no mercado doméstico. Apesar disso, as exportações brasileiras de milho estão 25% menores em relação ao mesmo período do ano passado, o que aumenta a oferta interna e pode conter maiores elevações nos preços.
Outro ponto relevante é que, embora os prêmios tenham subido nos últimos 30 dias devido à necessidade de preencher os navios já programados, o milho brasileiro ainda não está competitivo no mercado internacional, conforme dados do IGC (International Grains Council). Esse fator pode comprometer as expectativas de exportação tanto da Conab quanto do USDA para o Brasil.
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Na B3, os preços do milho caíram 5,04%, ou R$ 3,04 por saca, refletindo a sensibilidade do mercado financeiro, enquanto o mercado físico segue com leves elevações. Diante desse cenário, a recomendação é clara: vender agora pode garantir um retorno mais rápido e seguro, especialmente em um contexto onde as exportações seguem fracas e os custos de produção pressionam os agricultores.
Fonte: agrolink