O comportamento do tempo para esta semana apresenta uma forte tendência de estabilidade, com poucas alterações ao longo dos dias, de acordo com Gabriel Rodrigues, meteorologista do Portal Agrolink. As temperaturas devem continuar em aquecimento, com baixos índices de umidade relativa do ar, resultando em manhãs amenas, mas longe de condições típicas de inverno.
“O sinal de frio intenso persiste para o final do mês”, afirma Gabriel. Uma região de alta pressão atua como bloqueio atmosférico no Brasil central, impedindo a chegada da umidade e inibindo a formação de nuvens carregadas. Esse fenômeno causa um maior aquecimento devido ao efeito de compressão, que, junto à maior incidência de radiação solar, promove condições de calor extremo durante o inverno.
“São movimentos muito sutis que acontecem na atmosfera, mas são suficientes para mexer com as temperaturas”, explica Gabriel. A condição de calor muito acima da média traz um cenário de onda de calor, agravado pelos baixíssimos índices de umidade relativa do ar.
A previsão de médio prazo mantém essa condição de tempo seco no Brasil central até o final do horizonte de previsão, que vai até o dia 8 de agosto. Serão 15 dias de tempo seco entre o norte do Mato Grosso do Sul, oeste de São Paulo, Triângulo e oeste de Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, sul do Pará e interior do MATOPIBA. Essa condição favorece a maturação das lavouras de milho safrinha e algodão, bem como as operações de colheita, mas mantém o risco muito elevado para incêndios.
googletag.cmd.push(function() { googletag.display(‘agk_14000_pos_4_conteudo_mobile’); });
Clique aqui e acesse AGROTEMPO
“As projeções seguem indicando o avanço de uma frente fria e, posteriormente, de uma intensa massa de ar frio”, continua Gabriel. O ramo de instabilidades da frente fria deve avançar pelo sul do Brasil a partir do dia 28, inicialmente com chuvas mais fracas e pontuais. No dia 29, essas chuvas ganham intensidade, com possibilidade de pancadas mais volumosas.
“Ainda estamos longe da previsão, mas essa persistência nos dá uma pista de como pode ser o comportamento das chuvas”, explica. Outro sinal que persiste nas projeções é a questão das temperaturas muito baixas, principalmente entre os dias 30 de julho e 1º de agosto, com o declínio das temperaturas já acontecendo em áreas mais ao sul a partir do dia 29.
Essa massa de ar polar será muito intensa na Argentina e até mesmo no Brasil, com várias localidades podendo registrar temperaturas negativas, numa condição de frio severo, com temperaturas entre -4°C e -2°C e elevada possibilidade de geadas fortes.
“Contudo, até este momento, temos indicativos de que esse frio mais intenso será rápido. Reforço: estamos distante da previsão, mas se o sinal persistir, as probabilidades de frio intenso são altas”, finaliza o meteorologista.
Fonte: agrolink
