Segundo Juares Aurélio, técnico de pesquisa e funcionário público em São Paulo, o uso do parasitoide Tetrastichus howardi tem se mostrado uma estratégia promissora e de baixo custo no controle da broca-da-cana (Diatraea saccharalis), praga que pode reduzir em até 30% a produtividade dos canaviais. Além dos danos diretos, a praga ainda favorece a entrada de patógenos como o fungo Colletotrichum falcatum, intensificando os prejuízos à lavoura.
O T. howardi é um parasitoide pupal que age localizando e parasitando as pupas da broca, interrompendo seu ciclo biológico. Cada fêmea tem a capacidade de parasitar mais de 50 pupas durante sua vida, o que contribui para elevadas taxas de parasitismo em campo, podendo ultrapassar 70%, a depender das condições ambientais e da estratégia de liberação adotada.
Atualmente, seu uso está consolidado em importantes regiões produtoras do Brasil, como o Centro-Sul (SP, MG, GO) e o Nordeste (PE, AL, PB), com liberação tanto aérea quanto terrestre, adaptadas à realidade operacional de cada usina. A prática contribui para a redução do uso de inseticidas, preservação da biodiversidade e compatibilidade com programas de Manejo Integrado de Pragas (MIP) e certificações ambientais.
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Com ganhos agronômicos e econômicos, o uso de *T. howardi* reforça o papel dos inimigos naturais como ferramenta-chave para uma agricultura mais eficiente e sustentável. A adoção crescente desse tipo de controle biológico evidencia uma transição cada vez mais necessária rumo a modelos de produção que respeitem o equilíbrio ecológico.
Fonte: agrolink
