As preocupações com as mudanças climáticas continuam a impactar a produção agrícola, especialmente no setor de maçãs, à medida que as temperaturas médias globais continuam a subir. Pelo décimo segundo mês consecutivo, os dados do Observatório Europeu Copernicus revelam um aumento na temperatura média do ar na Terra, sinalizando uma crise climática emergente.
A Organização Meteorológica Mundial alerta para a possibilidade de a temperatura média global ultrapassar temporariamente os 1,5°C acima dos níveis pré-industriais nos próximos cinco anos. Este cenário, combinado com eventos climáticos extremos como o El Niño, tem consequências graves tanto para a humanidade quanto para a produção agrícola, especialmente na horticultura.
De acordo com o Boletim de Conjuntura Agropecuária do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), referente à semana de 07 a 13 de junho, a produção de maçãs está sofrendo um impacto significativo.
Em regiões chave de produção, como Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que juntas representam mais de 90% da produção nacional, estima-se uma redução de 20% na colheita em comparação com as projeções iniciais. Em Palmas, no Paraná, que contribui com 2,8% da produção nacional, a expectativa de colheita foi reduzida em 30%.
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A escassez resultante da redução na produção está afetando os preços das maçãs. No varejo, o preço por quilo da fruta nacional aumentou em 15% de janeiro a maio, passando de R$ 11,13 para R$ 12,80. No atacado, como observado no Ceasa/PR em Curitiba, o preço da Maçã Gala Cat 1 subiu 26,8%, passando de R$ 8,33/kg para R$ 10,56/kg.
Fonte: agrolink