De acordo com a TF Agroeconômica, os mercados agrícolas abriram a semana sob pressão, com quedas para soja, milho e trigo na Bolsa de Chicago (CBOT). A soja para maio iniciou o dia cotada a US$ 1007,75 por bushel, recuando 2 pontos, reflexo da entrada da safra brasileira e das incertezas sobre tarifas recíprocas a partir de abril. No Brasil, o preço da soja subiu levemente para R$ 133,38/sc, impulsionado pela quebra da safra gaúcha, que preocupa a indústria local quanto ao abastecimento. No Paraguai, o valor FAS em Assunção foi de US$ 361,04.
“No Brasil, o preço está levemente maior, devido à forte quebra da safra gaúcha, onde estão localizadas importantes indústrias, que se preocupam com o seu abastecimento”, comenta.
O milho também abriu em baixa, com o contrato de maio em Chicago caindo para US$ 461,00 por bushel (-3,25 pontos), mantendo a tendência de realização de lucros da última sexta-feira. A guerra tarifária nos EUA impacta as exportações para o México e o etanol de milho para o Canadá, gerando incertezas. No Brasil, o milho na B3 caiu 0,90%, para R$ 79,61/sc, enquanto no indicador CEPEA teve leve alta diária de 0,07%, chegando a R$ 90,14/sc. O avanço da safrinha e o início da colheita da primeira safra mantêm o mercado doméstico tranquilo, com compradores pressionando os preços.
“No Brasil, o bom andamento da Safrinha e a entrada da primeira safra transmitem tranquilidade aos compradores, que pressionam os preços locais”, completa.
O trigo seguiu a mesma tendência, com o contrato de maio em Chicago recuando 6,75 pontos, para US$ 551,50 por bushel, após lucros da alta na última sexta-feira. A recente valorização foi impulsionada pelos conflitos no Mar Negro e pelos impactos de tufões na Ásia. No Brasil, a escassez do cereal eleva os preços, com o CEPEA apontando alta de 0,35% no Paraná (R$ 1.531,87/t) e de 0,60% no Rio Grande do Sul (R$ 1.431,94/t). A importação de trigo paraguaio também segue em alta, com cotações variando entre US$ 240 e US$ 290.
“No Brasil, a escassez de trigo está elevando sistematicamente os preços nos dois principais estados produtores e a importação de trigo paraguaio”, conclui.
Fonte: agrolink