Segundo a TF Agroeconômica, a soja negociada na Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou em queda nesta terça-feira, influenciada pelo avanço acelerado da colheita nos Estados Unidos e pela queda do preço do petróleo no mercado internacional. O contrato de soja para novembro de 2024, referência para a safra brasileira, caiu 1,72%, fechando o dia a $ 1016,25 por bushel.
O contrato para janeiro de 2025 seguiu o mesmo caminho, registrando queda de 1,71%, a $ 1034,50 por bushel. Os contratos de farelo e óleo de soja para dezembro também apresentaram recuos de 0,31% e 3,32%, com o farelo atingindo $ 323,0 por tonelada curta e o óleo $ 43,09 por libra-peso.
A análise da TF Agroeconômica aponta que a queda foi influenciada principalmente pela desvalorização de 4% no preço do petróleo, que afeta diretamente as commodities agrícolas, incluindo a soja, devido à sua ligação com a produção de biocombustíveis. Além disso, o rápido progresso da colheita nos EUA, que já alcança 47% contra 37% do mesmo período no ano passado e 34% da média histórica, contribuiu para o aumento da oferta e, consequentemente, para a pressão sobre os preços.
Outro fator relevante é a previsão de chuvas nas principais regiões produtoras do Brasil, o que favorece o desenvolvimento das lavouras e aumenta a perspectiva de uma safra abundante. Este cenário eleva a oferta global de soja e gera ainda mais pressão negativa sobre as cotações americanas.
Por fim, destaca-se o retorno da China ao mercado após o feriado, com a compra de três cargas de soja do Brasil e cinco dos EUA. Embora a China já tenha coberto quase todas as suas necessidades para outubro e 45% para novembro, ainda restam volumes a serem adquiridos para dezembro e janeiro, o que traz alguma expectativa ao mercado.
Fonte: agrolink