Os contratos futuros da soja encerraram o pregão em queda, refletindo um cenário de demanda mais fraca e vendas externas abaixo do ritmo registrado no ano anterior. De acordo com a TF Agroeconômica, o mercado em Chicago reagiu a dados oficiais que indicam atraso nas vendas totais e perda de competitividade do produto norte-americano em diferentes destinos.
No fechamento do dia, o contrato de soja com vencimento em janeiro recuou 0,57%, ou 6,00 centavos de dólar por bushel, sendo negociado a 1052,25 centavos. A posição março também registrou baixa, de 0,63%, com perda de 6,75 centavos, a 1062,00 centavos por bushel. No complexo da soja, o farelo apresentou leve alta, com o contrato janeiro avançando 0,07%, para 298,4 dólares por tonelada curta, enquanto o óleo de soja fechou em queda de 0,99%, cotado a 48,11 centavos de dólar por libra-peso.
A pressão negativa esteve associada à percepção de que a demanda pela soja dos Estados Unidos segue aquém do esperado. Os dados mais recentes de vendas mostraram que, apesar de estimativas apontarem volumes expressivos de compras por parte da China nas últimas semanas, apenas cerca de 4 milhões de toneladas apareciam oficialmente registradas nos boletins do USDA até 27 de novembro. Esse descompasso contribuiu para que os compromissos totais de exportação acumulassem redução de 39,1% em relação ao mesmo período do ano passado, movimento que não se limita apenas ao mercado chinês.
Analistas avaliam que a sequência de perdas recentes também pode abrir espaço para uma reação. A queda nos preços futuros tende a tornar a soja norte-americana mais atrativa, o que poderia estimular novas compras externas, especialmente da China, oferecendo algum suporte às cotações e favorecendo uma possível recuperação adiante.
Fonte: agrolink






