A soja negociada na Bolsa de Chicago (CBOT) teve um fechamento misto nesta terça-feira, refletindo a influência das condições climáticas no Brasil e o avanço da colheita nos Estados Unidos, conforme reportado pela TF Agroeconômica. O contrato de soja para novembro de 2024, que é a referência para a safra brasileira, registrou uma leve alta de 0,02%, ou $0,25 centavos por bushel, fechando a $1057,25.
Por sua vez, o contrato de janeiro de 2025 também subiu 0,02%, encerrando a $1075,50. O farelo de soja para outubro teve um desempenho positivo, com um aumento de 1,66%, cotado a $350,00 por tonelada curta, enquanto o óleo de soja para o mesmo mês caiu 1,38%, fechando a $42,91 por libra-peso.
A estabilidade das cotações foi impulsionada pelo clima seco no Centro-Oeste do Brasil, que tem atrasado o plantio da soja. Esse fator, combinado com uma venda extra de soja americana, sustentou as altas observadas no dia. No entanto, o mercado também enfrentou pressão devido ao rápido avanço da colheita nos EUA, que está superando não apenas o desempenho do ano anterior, mas também a média histórica. A agilidade na colheita tem levado a uma maior oferta de soja no mercado, o que tende a exercer pressão sobre os preços.
Além disso, a greve trabalhista que afeta portos na Costa Leste e no Golfo dos EUA trouxe mais incertezas ao mercado, impactando a movimentação e o escoamento da produção. Este cenário de greve contribui para uma maior volatilidade nas cotações, gerando preocupações sobre a logística de transporte da soja americana. Apesar desses desafios, a combinação de fatores climáticos e comerciais permitiu que o mercado de soja se mantivesse relativamente estável, refletindo a complexidade e a interconexão das forças que atuam neste importante setor agrícola.
Fonte: agrolink
