Segundo o boletim “Weekly Weather and Crop Bulletin”, divulgado nesta quarta-feira (16) pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA) e pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), um bloqueio atmosférico de alta pressão, que havia persistido por semanas no oeste da Rússia, começou a se deslocar para o leste, mantendo a seca em áreas orientais, mas permitindo que chuvas atingissem a metade ocidental da região. Pouca ou nenhuma precipitação foi observada no leste da Ucrânia e no oeste da Rússia, exceto por leves chuvas de 2 a 12 mm ao longo da costa russa do Mar Negro, no final do período de monitoramento.
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A seca severa e extrema continua a impactar as principais áreas de cultivo de trigo de inverno no oeste da Rússia e no leste da Ucrânia, onde as precipitações dos últimos 90 dias somam menos de 25% do esperado. O trigo de inverno, normalmente plantado entre o final de agosto e setembro, tem sido severamente afetado, com muitos produtores optando por pulverizar as safras ou adiar o plantio para a primavera, mudando para cultivos de verão.
De acordo com o “Weekly Weather and Crop Bulletin”, por outro lado, as chuvas se intensificaram e se expandiram nas regiões ocidentais, com volumes variando de 10 a 100 mm, beneficiando a Moldávia, o sudoeste da Ucrânia e o noroeste da Rússia. Com isso, as perspectivas para as colheitas de inverno são mais otimistas nessas áreas.
Ainda assim, o Índice de Saúde da Vegetação (VHI), obtido por satélite, continua mostrando condições ruins a péssimas no leste da Ucrânia e em grande parte da Rússia. Já na Moldávia e no oeste da Ucrânia, as recentes e contínuas chuvas contribuíram para uma recuperação no vigor das culturas, conforme os dados do USDA.
Fonte: agrolink