Em julho, os produtores catarinenses de feijão-carioca e feijão-preto observaram uma valorização nos preços, conforme aponta o Boletim Agropecuário de agosto do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa). O feijão-carioca registrou um aumento de 7,84%, elevando o preço de R$152,69 para R$164,66 por saca de 60 kg. Já o feijão-preto teve um crescimento de 8,93%, com o preço subindo de R$202,27 para R$220,33 por saca. Na comparação anual, o preço do feijão-preto está 5,83% mais alto, enquanto o feijão-carioca teve um incremento de 2,05%. Contudo, nos primeiros dias de agosto, ambos os tipos de feijão apresentaram um recuo nos preços, com o feijão-preto caindo 1,24% e o feijão-carioca, 4,41%. Esse comportamento reflete as condições de entressafra e a qualidade variável dos grãos disponíveis no mercado.
Segundo o boletim, a qualidade do feijão-carioca tem limitado as negociações no mercado atacadista de São Paulo, com o abastecimento vindo principalmente de Minas Gerais e Paraná, estados afetados por condições climáticas adversas. Os empacotadores estão cautelosos, aguardando a oferta de um produto mais novo e de melhor aparência. No caso do feijão-preto, a entressafra que vai até dezembro está sendo suprida pelos estoques do Paraná e, ocasionalmente, da Argentina, com a expectativa de queda nas importações devido ao volume expressivo colhido na segunda safra. O mercado de feijão em geral tem mostrado preços variáveis, dependendo da qualidade do produto. Produtores que possuem feijão de boa qualidade estão conseguindo melhores remunerações.
No âmbito nacional, a safra 2023/24 trouxe crescimento na produção de feijão. De acordo com dados da Conab, a área plantada cresceu 5,8%, chegando a 2.857 mil hectares, e a produtividade aumentou 1,4%, atingindo 1.141 kg/ha. Com isso, a produção total do país deve alcançar 3,3 milhões de toneladas, um aumento de 7,3% em relação à safra anterior, conforme os dados do boletim..
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As importações de feijão caíram 8,8% em 2023, totalizando pouco mais de 70 mil toneladas, enquanto as exportações aumentaram 2,2%, alcançando aproximadamente 139 mil toneladas. Mato Grosso se destacou como o maior exportador, responsável por 55% dos embarques.
Em Santa Catarina, a produção total de feijão foi estimada em cerca de 113 mil toneladas, uma leve redução de 0,8% em comparação com a safra anterior. A área cultivada no estado cresceu 5,3%, atingindo 63,2 mil hectares, mas a produtividade média caiu 5,8%, devido aos desafios climáticos enfrentados durante a primeira e segunda safras.
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Fonte: agrolink