A previsão de aumento das temperaturas e de tempo seco no fim de semana eleva o alerta para o alto risco de incêndios nas lavouras do Estado de São Paulo. Nos últimos dias, uma frente fria que atingiu a Região Sudeste ajudou no combate aos focos de incêndio, mas o cenário deve mudar nos próximos dias, trazendo novos desafios para o setor agropecuário, conforme os dados da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo (SAA).
De acordo com dados da SSA, as queimadas registradas no último fim de semana impactaram fortemente as atividades agrícolas, especialmente a pecuária, cana-de-açúcar, fruticultura, heveicultura e apicultura. Os danos causados pelo fogo nas lavouras, pastagens e até a morte de animais já geraram prejuízos superiores a R$ 1 bilhão.
Gabriel Rodrigues, meteorologista do Agrolink destacou que a expectativa de que o tempo seco persista até pelo menos 12 de setembro. “O final de agosto ainda é marcado pela estação seca no estado de São Paulo, que tem início na segunda metade de maio, e historicamente, a estação chuvosa começa a partir da segunda quinzena de setembro. O cenário nas projeções de médio prazo ainda indicam uma condição de tempo seco no estado paulista até pelo menos o dia 12 de setembro. De certa forma, esta previsão está de acordo com os registros históricos”, explica o especialista.
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As chuvas ficaram abaixo da média em São Paulo refletindo um inverno ainda mais seco. “No entanto, vale ressaltar que nos últimos 120 dias, as chuvas ficaram abaixo da média no estado, indicando um inverno ainda mais seco. Além disso, a influência de vários episódios de bloqueios atmosféricos ao longo desta estação, contribuíram com a intensificação do calor e o impedimento do avanço das frentes frias sobre o estado. Condição que estamos vendo, agora no final do mês de agosto, mesmo após a chegada de uma massa de ar mais frio, continua Rodrigues.
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Com o aumento das temperaturas previsto para os últimos dias de agosto, a Defesa Civil do Estado de São Paulo emitiu um alerta para o alto risco de queimadas nas regiões produtivas. Para evitar novos focos de incêndio, é fundamental que a população colabore, adotando medidas como evitar queimar lixo, não acender fogueiras, não soltar balões (prática considerada crime ambiental), e manter aceiros limpos em volta das propriedades.
“A presença de um bloqueio atmosférico, que atuará nas próximas semanas. Esse bloqueio, além de impedir a formação das nuvens carregadas e o avanço das chuvas das frentes frias, contribui com a redução dos índices de umidade, favorecendo então um ambiente altamente propício para o alastramento dos incêndios e queimadas no estado. Contudo, as projeções de longo prazo, estão mostrando um cenário mais úmido entre a última semana de setembro e primeira semana de outubro. Condição que pode aliviar, momentaneamente, as condições secas no estado de São Paulo” finaliza o meteorologista.
Para mitigar esses prejuízos, a SAA destinou R$ 110 milhões aos produtores rurais paulistas afetados pelas queimadas, por meio do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (FEAP). Os produtores interessados em acessar esse crédito devem procurar a Casa da Agricultura de seus municípios, conforme as informações da Secretaria de Agricultura e São Paulo.
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Conforme o informado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, em caso de emergência, a Defesa Civil (199) e o Corpo de Bombeiros (193) estão disponíveis para atendimento. As regiões sob alerta incluem Andradina, Araçatuba, Assis, Barretos, Bauru, Campinas, Campos do Jordão, Franca, Guaratinguetá, Iperó, Itapeva, Jales, Jaú, Jundiaí, Marília, Ourinhos, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, São Carlos, São José do Rio Preto, Sorocaba e Votuporanga.
Fonte: agrolink