Segundo dados do Observatório Agro Catarinense, a safra de verão 2024/2025 em Santa Catarina promete ser mais produtiva do que a anterior para culturas como soja, arroz, feijão, milho, maçã e banana. É o que apontam os analistas do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Cepa), que apresentaram as estimativas iniciais da safra em um evento online realizado na última segunda-feira (2). A apresentação contou com a participação do secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Valdir Colatto, e do presidente da Epagri, Dirceu Leite.
Bruna Parente Porto, analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural da Epagri/Cepa, explica que as estimativas são preliminares e se baseiam no histórico das safras anteriores em Santa Catarina e nas intenções de plantio dos produtores locais. Essas informações foram coletadas por meio de entrevistas com técnicos espalhados por todas as regiões do estado. Os dados atualizados são divulgados pelo Boletim Agropecuário e nos sites do Observatório Agro Catarinense e do Infoagro.
A estimativa para a safra 2024/2025 de arroz em Santa Catarina é de mais de 1,2 milhão de toneladas, o que representa um aumento de 9,6% em relação ao ano anterior. Segundo Gláucia Padrão, analista da Epagri/Cepa, a produtividade média esperada é de 8,7 toneladas por hectare, um crescimento de cerca de 10%. A área cultivada de arroz permanece estável em 145.294 hectares, com 11% já plantados. As principais regiões produtoras são Araranguá e Criciúma, no Sul, e Joinville, no Norte.
A nova safra de feijão em Santa Catarina também apresenta boas perspectivas, com um aumento de 3,5% na área cultivada, chegando a 28.766 hectares. O plantio de feijão ocorre em duas safras no estado, e até o momento apenas 1% da área prevista foi plantada devido ao frio que atrasou as operações. As regiões de Canoinhas, Campos Lages e Xanxerê concentram a maior parte das lavouras.
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Para o milho grão, a área plantada está estimada em 268 mil hectares, uma redução de 9% em comparação aos anos anteriores, em parte devido ao aumento da área de soja e ao ataque da cigarrinha-do-milho. No entanto, a produção de milho grão deve aumentar 12,38%, totalizando mais de 2,2 milhões de toneladas, com uma produtividade estimada de 8,4 mil quilos por hectare, um crescimento de 23%. As microrregiões de Joaçaba, Chapecó e Canoinhas são as principais produtoras.
O milho silagem, por sua vez, deve ter uma redução de 6,6% na área plantada, estimada em 219.360 hectares. Mesmo assim, a produtividade deve aumentar 21%, alcançando 42 mil quilos por hectare, e a produção deve chegar a 9,2 milhões de toneladas, um aumento de 13% em relação à safra anterior. As regiões de Chapecó, São Miguel do Oeste e Concórdia concentram o cultivo de milho silagem.
Para a soja, Santa Catarina deve colher mais de 3 milhões de toneladas, um aumento de 12,77% em relação à safra passada. A área plantada de soja deve crescer 1,79%, chegando a 766.267 hectares. As regiões de Canoinhas, Xanxerê e Curitibanos são as que mais se destacam em termos de área plantada.
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Na safra de 2024/2025, a produção de banana em Santa Catarina, entre as variedades caturra e prata, deve alcançar 763.647 toneladas, um crescimento de quase 17% em comparação ao ano anterior. Rogério Goulart Júnior, analista da Epagri/Cepa, estima que a área de cultivo de banana aumente 2,6%, atingindo 28.466 hectares. A produtividade média deve ficar em 28,8 mil quilos por hectare, um crescimento de 13,8%. As principais regiões produtoras são Joinville e Blumenau, no Norte, e Araranguá, no Sul do estado.
Santa Catarina, maior produtor de maçã do Brasil, deve produzir mais de 660 mil toneladas na próxima safra, o que representa um aumento de 56% em relação à safra anterior. Segundo Rogério Goulart Júnior, esse crescimento é atribuído à expansão da área colhida, com novas áreas iniciando a produção, e à recuperação da produção após uma quebra de 20% na safra passada devido às chuvas. A área cultivada com maçã é de 17,8 mil hectares, com uma produtividade de cerca de 37 mil quilos por hectare. As regiões de Campos de Lages e de Joaçaba concentram a produção de maçã no estado.
Fonte: agrolink