Revelado avanço chinês nos registros de pesticidas no Brasil


O acesso a fornecedores internacionais com registros ativos é um fator estratégico para o mercado brasileiro de defensivos agrícolas, especialmente em um cenário de elevada exigência regulatória. Em 2025, uma análise dos registros de pesticidas apresentados por empresas chinesas no Brasil mostra um movimento consistente de busca por parcerias comerciais já estruturadas e com produtos aptos à contratação.

Ao longo do ano, 32 empresas chinesas submeteram 83 pedidos de registro de produtos patenteados no país. Os herbicidas lideraram com 49% do total, somando 43 registros, seguidos pelos fungicidas, com 31%, e pelos inseticidas, com 17,24%. Esses pedidos envolveram 88 ingredientes ativos diferentes, com destaque para cletodim e protioconazol, presentes em seis produtos cada. Também apareceram com frequência diquat e glufosinato de amônio.

Do ponto de vista das patentes, não houve compostos com expiração recente. Apenas cinco ingredientes tiveram patentes expiradas entre 2015 e 2018, o que reforça a complexidade e a lentidão do sistema regulatório brasileiro. O crescimento do mercado de fungicidas, especialmente os foliares, também ficou evidente, com registros envolvendo moléculas da classe SDHI. Em relação às apresentações, os produtos técnicos representaram 68% do total, enquanto EC, SC e SL foram as formulações mais comuns entre os demais.

Paralelamente, os registros de pesticidas chineses destinados exclusivamente à exportação para o Brasil somaram 101 produtos junto ao ICAMA. Nessa categoria, os herbicidas responderam por 56% dos registros, seguidos por inseticidas, fungicidas e reguladores de crescimento vegetal. Os princípios ativos mais comuns foram commodities consolidadas, como glifosato, bifentrina, flumioxazina e 2,4-D, com poucos compostos recém-liberados.

As formulações desses registros exclusivos se concentraram em produtos formulados, acompanhando o aumento da participação de formulações chinesas nas importações brasileiras. Ao todo, 55 empresas chinesas detêm esse tipo de registro, com liderança de grupos que demonstram forte capacidade regulatória e presença consistente no mercado brasileiro.
 

Fonte: agrolink

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