A resistência do capim-pé-de-galinha (Eleusine indica) a herbicidas tem se tornado um desafio crescente para os agricultores do Sul de Minas Gerais, conforme alertou Fernanda Medeiros, chefe de departamento e professora da Universidade Federal de Lavras, em publicação no LinkedIn. Segundo Medeiros, essa planta daninha está afetando lavouras de soja, milho e café, reduzindo a produtividade devido à dificuldade de controle químico.
O problema ocorre devido ao uso repetitivo de herbicidas com o mesmo mecanismo de ação, como os inibidores da ACCase (graminicidas) e do EPSPs (glifosato). Isso favorece a seleção de populações resistentes, que continuam a se desenvolver mesmo após a aplicação dos produtos. Como resultado, os produtores enfrentam falhas no controle, aumento da infestação a cada safra e plantas que sobrevivem às aplicações.
Entre os sinais de alerta estão plantas que resistem aos herbicidas e continuam competindo por recursos essenciais das culturas. O avanço da resistência exige estratégias de manejo integradas, como a rotação de mecanismos de ação, uso de coberturas vegetais e técnicas de controle cultural. A dependência excessiva de um único herbicida pode tornar o controle cada vez mais difícil e oneroso.
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Diante desse cenário, especialistas reforçam a importância da diversificação das práticas de manejo para evitar impactos econômicos mais severos. A adoção de boas práticas agrícolas e a atenção aos primeiros sinais de resistência são fundamentais para minimizar as perdas e garantir a sustentabilidade da produção.
Fonte: agrolink
