A recomendação da TF Agroeconômica para quem ainda possui soja é “vender logo o saldo existente”. “Embora os preços da soja no Brasil tenham subido 1,65% no mês e 1,15% na semana, o aumento brutal dos estoques de farelo no país está correndo os preços que as indústrias podem oferecer aos agricultores, uma vez que o período de exportações no segundo semestre está mais voltado para os EUA, do que para o Brasil”, comenta.
O clima dos Estados Unidos e a redução dos estoques brasileiros feita pela Companhia Nacional de Abastecimento são fatores de alta. “No Brasil a Conab reduziu os estoques finais de soja-grão, de 3,29 MT para 3,05 MT e de óleo de soja, de 311 mil tons para 302 mil tons no seu relatório desta semana e aumentou as exportações de grão”, indica.
Para a baixa, a redução do calado em Rio Grande pode derrubar prêmios e deixar a logística mais lenta e isso pode prejudicar o mercado. Além disso, a ausência de novas compras chinesas e a alta do real no Brasil, que reduz a competitividade da soja norte-americana também se destacam.
“A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) reduziu na quinta sua previsão para a safra brasileira em 2023/24 de 147,68 milhões para 147,35 milhões de toneladas. Na Argentina, a Bolsa de Comércio de Rosário manteve sua estimativa de safra em 50 milhões de toneladas. A produção combinada dos dois países deve ficar próxima de 200 milhões de toneladas, bem acima dos cerca de 180 milhões de toneladas da temporada anterior”, informa.
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“Ainda mais do que o milho, a oferta de soja no mundo deverá aumentar 26,35 MT, ou 7,72 milhões de toneladas além da disponibilidade da última safra, em ritmo menor do que a demanda mundial, que só aumentou 18,63 MT. Isto deverá trazer tranquilidade aos compradores mundiais, que não precisarão aumentar significativamente os preços para se abastecer”, conclui.
Fonte: agrolink