Os preços do trigo no mercado de Chicago encerraram o mês de julho em queda, segundo a análise semanal da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema). O bushel do cereal chegou a ser cotado a US$ 5,23 durante a semana, fechando a quinta-feira (1º de agosto) em US$ 5,32, comparado a US$ 5,37 na semana anterior. A média de julho ficou em US$ 5,43 por bushel, registrando uma queda de 9,3% em relação à média de junho. Para efeito de comparação, a média de julho de 2023 foi de US$ 6,77 por bushel.
De acordo com dados da Ceema, nos Estados Unidos, a colheita do trigo de inverno atingiu 82% da área semeada até o dia 28 de julho, ligeiramente acima da média histórica de 80%. Já o trigo de primavera apresentou 74% das lavouras em condições boas a excelentes, 22% regulares e 4% ruins. Apenas 1% dessas lavouras foram colhidas, abaixo dos 3% da média histórica para o período.
Segundo a análise, na Argentina, o cenário é preocupante, com temperaturas extremas abaixo de zero afetando o coração agrícola do país. As condições das lavouras de trigo têm se agravado, especialmente após a redução da área plantada em 2,9% devido à seca. O frio intenso, que chegou a congelar animais na Patagônia, é acompanhado pelo julho mais seco em quase seis décadas. A Bolsa de Cereais de Rosário alerta que, sem chuvas nos próximos 15 dias, o trigo sofrerá danos ainda maiores devido ao estresse hídrico e às baixas temperaturas.
Na França, a colheita de trigo pode alcançar apenas 26 milhões de toneladas este ano, um nível tão baixo que não era visto desde a década de 1980. As fortes chuvas recentes causaram queda na produtividade, e a safra pode ser a menor em 29 anos, com uma perda superior a 10 milhões de toneladas em relação ao volume habitual colhido pelo país.
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Por outro lado, a Austrália vê um cenário mais favorável. As chuvas recentes melhoraram as perspectivas de produção de trigo para 2024/25. Como o quarto maior exportador de trigo do mundo, o país deve colher cerca de 30 milhões de toneladas, segundo a consultoria StoneX.
Fonte: agrolink