Qual a ameaça da gripe aviária para humanos?


Nas últimas semanas, muito se tem falado sobre a inflação dos alimentos e um dos exemplos mais evidentes dessa pressão é a explosão no preço dos ovos. Segundo artigo de Décio Luiz Gazzoni, engenheiro agrônomo e membro do Conselho Científico Agro Sustentável, um dos fatores por trás desse fenômeno é alarmante.

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Isso porque os Estados Unidos estão comprando ovos em qualquer parte do mundo, sem se importar com o preço, pois seus rebanhos aviários estão sendo dizimados por uma epidemia de gripe aviária causada pelo vírus H5N1. 

O vírus H5N1 já provocou a morte de mais de 168 milhões de aves nos EUA até abril de 2025, e foi detectado em diversas espécies de mamíferos. No mundo, foram registrados 954 casos humanos desde que começou a ser monitorado, sendo 262 entre 2023 e 2024, com 70 nos EUA. O dado mais assustador é que 54% dos casos foram fatais — uma taxa de mortalidade cerca de 20 vezes maior do que a da gripe de 1918. 

“Mas, o diabo mora nos detalhes. O primeiro deles é que 54% desses casos foram fatais, uma taxa de mortalidade cerca de 20 vezes maior do que a clássica pandemia de gripe de 1918. O segundo detalhe: até o momento, não foram registrados casos de transmissão entre humanos, as contaminações se deram a partir de animais. Quando o vírus desenvolve mecanismos para transmissão dentro da espécie do hospedeiro, está presente um dos fatores primordiais para uma epidemia ou pandemia”, comenta.

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Esse risco está associado ao “transbordamento” viral (spillover), processo pelo qual um vírus adaptado a uma espécie animal sofre mutações que permitem infectar outra espécie — como os humanos. Quanto maior a taxa de infecção em aves e o contato com outras espécies, maior a chance de o vírus encontrar a “chave” certa para invadir células humanas. O H5N1 já infectou mais de 450 espécies animais, um sinal preocupante de que pode estar adquirindo novas capacidades adaptativas.
 

Fonte: agrolink

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