Quais as recomendações do mercado da soja


A TF Agroeconômica recomenda cautela nas decisões de venda da soja diante de fatores ainda indefinidos, como as reações globais às tarifas impostas pelos EUA e as condições climáticas para a próxima safra americana. A consultoria destaca que a soja proporciona lucro de 22,74% no Rio Grande do Sul, 15,13% no Paraná, 8,47% em Goiás e 12,27% no Mato Grosso do Sul. No entanto, no Mato Grosso, os produtores podem enfrentar um prejuízo de 10,68%, segundo os custos de produção do IMEA. A orientação é garantir lucros quando possível e diversificar as vendas ao longo do tempo para minimizar riscos.  

Entre os fatores de alta, o aumento do consumo de óleo de soja para biodiesel no Brasil tem sustentado os preços. Em 2025, a demanda deve atingir 9,74 milhões de toneladas, mas poderia ser ainda maior caso o governo não tivesse cancelado a elevação da mistura de biodiesel de B14 para B15. Já entre os fatores de baixa, a entrada da safra recorde do Brasil pressiona as cotações, mesmo com a quebra no Rio Grande do Sul. O país deve colher entre 167 e 170 milhões de toneladas, conforme estimativas da Conab e do USDA.  

Outro fator que pode impactar negativamente os preços é a incerteza gerada pela escalada tarifária dos EUA. Além das tarifas sobre produtos chineses, há preocupação com possíveis taxas portuárias adicionais para embarcações associadas à China, o que encareceria a logística e afetaria a competitividade dos agricultores americanos. Especialistas acreditam que a medida pode não ser implementada, mas a incerteza persiste, tornando o mercado ainda mais volátil.  

Diante desse cenário, a estratégia mais segura segue sendo a venda parcelada da produção, combinada com o uso do mercado futuro. A especulação não deve ultrapassar 10% da safra, reduzindo os riscos e garantindo maior previsibilidade aos produtores.
 

Fonte: agrolink

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