Os preços do suíno vivo registraram um aumento na primeira quinzena de agosto, conforme análise do Boletim Agropecuário de agosto do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa). As altas foram observadas em todos os principais estados produtores do país, refletindo o bom desempenho das exportações brasileiras, uma oferta limitada de animais prontos para abate, e uma demanda aquecida no mercado interno. Esses fatores combinados geraram uma elevação substancial dos preços em comparação ao mês anterior.
Segundo o Boletim Agropecuário, quando comparados os preços preliminares deste mês com os de agosto de 2023, nota-se um crescimento expressivo em todos os estados analisados. Em São Paulo, os preços subiram 29,8%, enquanto no Paraná houve um aumento de 27,8%. Minas Gerais e Rio Grande do Sul registraram elevações de 26,3% e 23,7%, respectivamente. Em Santa Catarina, a alta foi de 19,2%. É importante destacar que esses percentuais referem-se aos valores nominais, sem ajuste pela inflação do período.
Em Santa Catarina, um estado que é referência na produção de suínos, os preços também refletiram essa tendência de alta. Na região Oeste, que é a principal praça para suínos vivos, os preços na primeira quinzena de agosto apresentaram uma alta de 5,1% para produtores independentes, enquanto os produtores integrados viram uma queda de 3,4%. Em comparação com agosto de 2023, os preços para produtores independentes subiram 17,5%, e para os produtores integrados, a alta foi de 9,3%, considerando os valores corrigidos pelo IGP-DI, conforme os dados do boletim.
De acordo com os dados, o mercado de carne suína em Santa Catarina também apresentou aumentos em todos os cortes no início de agosto, com destaque para a carcaça, que teve uma alta de 5,2% em comparação ao mês anterior. Os outros cortes, como pernil, carrê, costela e lombo, também mostraram aumentos, com uma variação média de 2,9% no período. No acumulado do ano, esses cortes registram uma alta de 7,0% em termos nominais. No entanto, ao comparar os valores ajustados de agosto deste ano com os de 2023, observa-se uma predominância de quedas, exceto pela carcaça, que apresentou um aumento de 12,1%.
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De acordo com a Embrapa Suínos e Aves, o custo de produção de suínos em ciclo completo em Santa Catarina foi de R$ 5,85 por quilo de peso vivo em julho, marcando uma leve alta de 0,2% em relação ao mês anterior, mas ainda 0,2% abaixo do custo de julho de 2023. Mesmo com as variações positivas nos últimos meses, os custos de produção acumulam uma queda de 5,6% no ano.
No âmbito das exportações, o Brasil alcançou um marco histórico em julho, exportando 130,9 mil toneladas de carne suína, um aumento de 25,5% em relação ao mês anterior e de 28,7% em comparação ao mesmo período do ano passado. As receitas geradas somaram US$ 302,6 milhões, representando altas de 29,9% em relação ao mês anterior e de 23,4% em comparação a julho de 2023. Este resultado foi impulsionado pela ampliação da demanda por parte de países asiáticos, como China e Filipinas, além de uma retração nas exportações europeias devido à peste suína africana.
Santa Catarina, que responde por uma parte das exportações brasileiras de carne suína, também registrou resultados recordes. O estado exportou 72,8 mil toneladas de carne suína em julho, gerando receitas de US$ 174,9 milhões, ambas as maiores marcas mensais desde o início da série histórica em 1997. As Filipinas se consolidaram como o principal destino das exportações catarinenses, seguidas pela China, que também mostrou recuperação nos embarques em julho, embora ainda abaixo dos níveis do ano passado.
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Por fim, a produção de suínos em Santa Catarina de janeiro a julho de 2024 registrou um ligeiro aumento de 0,1% em relação ao mesmo período de 2023, totalizando 10,55 milhões de suínos abatidos. Este resultado reflete o dinamismo do setor, que continua a se adaptar às demandas internas e externas, mantendo sua posição de liderança no mercado nacional e internacional.
Fonte: agrolink