Na última semana, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires previu uma redução de 17% no plantio de milho argentino para a safra 2024/25 devido a preocupações com a cigarrinha. No Brasil, o fortalecimento do dólar impulsionou o ritmo das exportações na última semana, mas o programa exportador ainda está lento. Além disso, o recente ataque aéreo da Rússia à Ucrânia, o maior desde o início da guerra, aumentou as incertezas quanto à exportação de milho e trigo ucraniano, conforme a análise da Grão Direto.
Segundo a análise, nesta semana, com o aumento do consumo interno e uma safra menor, o Brasil deve encerrar o ano de 2024 com um dos menores estoques de milho dos últimos tempos. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a previsão é de que o país exporte 36 milhões de toneladas e registre um consumo interno de 84,2 milhões de toneladas, totalizando 120,2 milhões de toneladas de milho consumidas. Esse cenário resultaria em um estoque final de cerca de 5 milhões de toneladas.
A baixa no estoque pode criar oportunidades para o Brasil, principalmente nos últimos meses do ano, caso a demanda internacional por milho se intensifique. No entanto, o mercado brasileiro deve enfrentar uma concorrência acirrada com a supersafra norte-americana, que pode pressionar os preços no mercado internacional.
De acordo com a Grão Direto, com o término da colheita de milho em praticamente todas as regiões do Brasil, a pressão de oferta que vinha influenciando as cotações deve diminuir em setembro. Este cenário pode abrir espaço para uma elevação nos preços, especialmente se houver um aumento cosiderável na demanda externa. Vale lembrar que setembro de 2023 foi o segundo melhor mês da história para a exportação de milho, com um volume de aproximadamente 8,75 milhões de toneladas exportadas. Se esse desempenho se repetir em 2024, os produtores brasileiros, que têm se mostrado resistentes em vender seus estoques, poderão encontrar boas oportunidades no mercado.
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De acordo com o contrato de milho para novembro, cotado em Chicago, houve uma breve recuperação na semana anterior, com a commodity voltando ao patamar de US$ 4,00 por bushel. Para que esse movimento de recuperação seja sustentado, é fundamental que o preço permaneça acima desse valor ao longo dos próximos dias.
Algumas regiões de preços merecem atenção. No cenário de alta, as faixas de US$ 4,12 e US$ 4,25 são consideradas resistências relevantes, que podem segurar o avanço do preço. Caso essas resistências sejam superadas, o mercado pode ver uma recuperação mais sólida do milho na Bolsa de Chicago. No entanto, se o preço cair novamente para a faixa de US$ 3,90 e romper o suporte de US$ 3,85, há um risco de retorno a níveis em torno de US$ 3,50 nas próximas semanas.
O milho tem mostrado bastante volatilidade em sua tendência de queda prolongada. Especialistas consideram que seria “saudável” para o mercado uma estabilização acima dos US$ 4,00, o que poderia abrir caminho para uma recuperação mais robusta no futuro, conforme a análise da Grão Direto.
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Fonte: agrolink