As cotações da soja em Chicago sofreram recuo nesta semana, conforme a análise de mercado da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA), o bushel da oleaginosa para o primeiro mês cotado fechou na quinta-feira (17) em US$ 9,88, após ter alcançado o menor patamar de US$ 9,80 na véspera, o que não ocorria desde 11 de setembro. Na semana anterior, o preço era de US$ 10,14.
Entre os fatores que pressionaram a baixa estão o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado em 11 de outubro, que confirmou uma safra cheia no país. A melhora climática no Brasil, que permitiu o avanço do plantio da nova safra, e a queda nos preços dos derivados de farelo e óleo também contribuíram para o movimento de desvalorização.
O relatório do USDA estimou uma colheita de 124,7 milhões de toneladas nos EUA para 2024/25, 11,5 milhões de toneladas a mais que a safra anterior. Os estoques finais foram projetados em 15 milhões de toneladas. O documento ainda confirmou estimativas para as safras do Brasil e Argentina, de 169 e 51 milhões de toneladas, respectivamente, além de 11,2 milhões de toneladas no Paraguai. Essas produções combinadas representam um aumento de 19,2 milhões de toneladas em relação à safra frustrada do ano anterior.
A produção mundial de soja para o novo ciclo comercial foi ajustada para 428,9 milhões de toneladas, enquanto os estoques globais finais devem se manter em 134,6 milhões de toneladas. Nos EUA, até 13 de outubro, 67% da área plantada já havia sido colhida, contra 51% no mesmo período do ano anterior.
Fonte: agrolink