Plantio direto contribui emissões no Cerrado


Pesquisadores da Embrapa Cerrados e da Universidade de Brasília investigaram os efeitos de diferentes práticas de manejo do solo, rotações e sequências de culturas no bioma Cerrado, especialmente em relação às emissões de óxido nitroso (N2O), um importante gás de efeito estufa. Descobriram que o Sistema Plantio Direto (SPD) resulta em menores emissões cumulativas de N2O em comparação com o plantio convencional. Além disso, identificaram que o manejo convencional com soja ou milho na safra principal, sem uma sucessão de culturas, e a aplicação intensiva de fertilizantes nitrogenados aumentam as emissões de N2O. 

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Essas descobertas ressaltam a importância de considerar o manejo do solo e as práticas agrícolas na mitigação das emissões de gases de efeito estufa no Cerrado. O estudo foi publicado no Journal of Environmental Management e destaca a necessidade de mais pesquisas de longo prazo sobre o tema.

Os autores notaram que as emissões acumuladas de N2O foram influenciadas pelo tipo de manejo do solo e da cultura. Durante o período de 2013 a 2015, as emissões acumuladas foram maiores no preparo convencional do solo, com 4,87 kg/ha para o plantio convencional soja/milho. No sistema de plantio direto (SPD), as emissões acumuladas foram de 3,47 kg/ha para soja-sorgo/milho-feijão-gundu e 2,29 kg/ha para milho-feijão-guandu/soja-sorgo. As áreas de vegetação natural do Cerrado apresentaram emissões de 0,26 kg/ha. Comparando anualmente, as emissões foram maiores no segundo ano para todas as áreas avaliadas, exceto no Cerrado.

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Os pesquisadores sugerem que as variações nas emissões de N2O entre os anos podem estar relacionadas à sequência de culturas utilizada. O cultivo do sorgo, mesmo sob Sistema Plantio Direto (SPD) e com apenas uma aplicação de fertilizante nitrogenado, gerou emissões semelhantes às do sistema convencional. Além disso, no primeiro ano (2013-2014), as emissões das segundas culturas sob SPD foram mais baixas quando a cultura de cobertura não foi fertilizada (feijão-guandu), em comparação com aquela fertilizada (sorgo). Isso sugere que a escolha da segunda safra pode influenciar significativamente as emissões de N2O.
 

Fonte: agrolink

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