Plantio de trigo segue desafiado pela umidade no Rio Grande do Sul


De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (04/07) pela Emater/RS-Ascar, a estimativa para a safra de trigo 2024 no Rio Grande do Sul é de 1.312.488 hectares. Até o momento, o plantio avançou para 69% da área cultivada no estado. O progresso tem sido mais lento nas regiões com maior umidade do ar e do solo, enquanto as áreas sem chuva avançam mais rapidamente. Apesar do atraso, há perspectivas de conclusão dentro do período definido pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC).

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As baixas temperaturas atuais são favoráveis ??ao alto potencial produtivo, com as últimas lavagens apresentando melhor emergência e estande de plantas. As geadas recentes beneficiam a sanidade das culturas, afetando a incidência de insetos e doenças. Aplicações preventivas de controle de doenças foliares já foram iniciadas, com necessidade de segundo manejo químico em algumas áreas.

Na região administrativa de Bagé, a estimativa de cultivo é de 153.200 hectares, com plantio beneficiado pela ausência de chuvas. Em Alegrete, na Fronteira Oeste, 50% da área total de 25 mil hectares foi semeada. Em Manoel Viana, os produtores duplicaram a área plantada, alcançando 70% dos 12 mil hectares previstos. São Borja está com 85% da área semeada, restando apenas 15%, ou cerca de 4.500 hectares. Em algumas localidades, as sementes salvas apresentaram baixas porcentagens de germinação, exigindo a busca de novos insumos para evitar problemas como baixa estande de plantas ou necessidade de replantio.

Na Campanha, a semana avançou pouco. Em Aceguá e Bagé, os produtores ainda preparam o solo, mas o excesso de umidade nas partes baixas impede o uso de maquinário. Em Caçapava do Sul, apenas 25% dos 2 mil hectares foram plantados, com previsão de avanço se o clima continuar seco. Em Candiota, o plantio atingiu 15% dos 2.700 hectares previstos, mas a umidade elevada no solo continua a ser um desafio.

Na região de Caxias do Sul, a alta umidade estagnou a semeadura, com menos de 10% da área prevista sendo semeada. Alguns produtores podem desistir da cultura ou reduzir a área semeada devido ao recebimento de atrasos na colheita do trigo, o que poderia impactar a safra de soja.

Em Erechim, 70% da área total de 63.250 hectares está implantada, com metade das lavouras em germinação e a outra metade em início de crescimento vegetativo. Em Frederico Westphalen, a semeadura atingiu 70% dos 148.680 hectares previstos, com lavouras em pleno desenvolvimento vegetativo.

Na região de Ijuí, a estimativa de área é de 309.884 hectares, com 79% semeados até 30/06. A umidade do solo ainda é um desafio, mas o desenvolvimento inicial das obras é satisfatório. Em Passo Fundo, a implantação chegou a 40% dos 115.860 hectares previstos, aguardando as melhores condições climáticas para continuidade do plantio.

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Em Pelotas, com 17.180 hectares previstos, o plantio foi rápido pelas chuvas, mas está em andamento. Em Santa Maria, 60% dos 91.563 hectares estão semeados, com previsão de conclusão dentro do ZARC. Em São Francisco de Assis, 60% da área destinada ao trigo está plantada, com expectativa de superar a estimativa inicial.

Na região de Soledade, a área estimada é de 66.280 hectares, com 68% das lavouras semeadas. O valor médio da bolsa de trigo no estado aumentou 1,82%, passando de R$ 67,44 para R$ 68,67. Na Bolsa de Cereais de Cruz Alta, o produto disponível foi cotado a R$ 90,00 por saco.

Na região de Santa Rosa, a área plantada alcança 293.905 hectares, com 85% da área estimada semeada. A umidade do solo foi determinante para o avanço da semeadura, sendo possível em alguns municípios apenas no final de junho. A chuva colaborou para a germinação das sementes e para o estabelecimento das plantas. A paisagem já começa a mudar, com o crescimento inicial do trigo mudando o campo para um “tapete verde”.

No geral, o desenvolvimento inicial das plantas ocorre rapidamente, e o aspecto das lavouras é considerado adequado, com boa população de plantas e condição inicial de desenvolvimento favorecida por dias de sol e baixas temperaturas. Aplicações de fertilizantes nitrogenados já foram realizadas em algumas áreas, mas de forma isolada, devido à falta de previsão de chuvas. A sanidade da cultura é desagradável, apesar das temperaturas mais elevadas em períodos anteriores.

Fonte: agrolink

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