O Boletim de Conjuntura Agropecuária, divulgado pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, revelou que o plantio de feijão no Paraná alcançou 3% da área projetada até a última terça-feira. O avanço no plantio deve se intensificar nas próximas semanas, em razão da menor probabilidade de geadas em setembro. No entanto, a progressão das semeaduras foi retardada por frentes frias e tempo seco, resultando em um percentual de plantio inferior ao registrado em anos anteriores.
A previsão é que a área semeada de feijão na primeira safra de 2024 alcance 131 mil hectares, um aumento de 22% em relação à safra de 2023. Com condições climáticas favoráveis, espera-se uma colheita de até 251 mil toneladas, o que representa um incremento de 57% na produção, em comparação com o ano passado, quando o excesso de dias nublados afetou a produtividade.
O aumento na área plantada é impulsionado pelos preços atraentes do feijão preto, que encerrou agosto com uma média de R$ 236,83 por saca, 7% superior ao mesmo mês do ano anterior, e que já superou R$ 300,00 nos primeiros dias de setembro. A oferta de feijão deve aumentar em dezembro, com a colheita, o que historicamente provoca uma queda nos preços. O crescimento dos preços também é atribuído ao aumento das exportações.
googletag.cmd.push(function() { googletag.display(‘agk_14000_pos_4_conteudo_mobile’); });
Atualmente, a oferta nacional está concentrada no feijão carioca, cujos preços recuaram 13% nos últimos 12 meses, limitando a expansão da área destinada a esse tipo de feijão. A desvalorização da soja, que anteriormente competia com o feijão, contribuiu para o aumento da área plantada com feijão, embora a soja ainda ocupe 93% da área destinada à produção de grãos na primeira safra, contra apenas 2% para o feijão.
Fonte: agrolink
