De acordo com a análise do Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 6 a 12 de setembro, elaborado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, o preço da saca de trigo registrou uma alta de 4% no último mês, passando de R$ 75,57 em 12 de agosto de 2023 para R$ 78,70 na cotação de 11 de setembro de 2024. Esse aumento ocorre em um período atípico, visto que coincide com a colheita, que já alcançou 18% da área plantada, um avanço considerável comparado ao 1% registrado em agosto. No mesmo período da safra anterior, os preços de setembro de 2023 caíram 19% em relação a agosto do mesmo ano.
Essa alta nos preços, no entanto, não beneficia os produtores de trigo de maneira integral, uma vez que resulta de perdas estimadas em 17%, causadas por secas e geadas. Essas perdas podem ser ainda maiores, já que, quando o levantamento foi realizado, 42% das lavouras estavam em boas condições. No entanto, com a estiagem persistente e os danos das geadas se tornando mais aparentes, apenas 32% da área total atualmente se encontra em condições favoráveis, conforme da dados do boletim.
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A elevação nos preços, além de não compensar integralmente os prejuízos dos produtores, também dificulta a redução de preços no mercado varejista, afetando o valor de produtos como farinha e pães, que agora dependem mais do mercado internacional. Tradicionalmente, a entrada da nova safra no segundo semestre reduz os preços desses produtos. Em 2023, o pão francês teve uma queda média de 4% no segundo semestre em comparação ao primeiro, e o preço da farinha caiu 10% no mesmo período. Apesar da importância do Paraná como produtor de trigo, essa tendência de redução de preços em 2024 dependerá do desempenho das safras de trigo na Argentina e no Rio Grande do Sul.
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Fonte: agrolink