A tragédia climática no Rio Grande do Sul afeta o agronegócio, um setor vital para a economia nacional. Em 2023, o agronegócio brasileiro exportou US$ 167 bilhões, quase metade das exportações totais. O estado é fundamental na produção agrícola do país, ocupando posições de destaque na produção de arroz, trigo, soja e milho.
Com a maior parte de sua área destinada à agricultura, o Rio Grande do Sul está entre os principais produtores nacionais. Segundo Claudio Felisoni, presidente do IBEVAR e professor da FIA Business School, os impactos dessa tragédia não se limitam à economia local, mas também afetam outras regiões e as contas nacionais.
“A competitividade no agronegócio brasileiro será impactada, mas internamente suas consequências serão ainda mais pronunciadas, ao menos no curto prazo. Isso se deve principalmente ao comprometimento na disponibilidade de arroz. O produto, 70% proveniente do Rio Grande do Sul, é um dos itens mais importantes na formação do IPCA, pesando mais acentuadamente no orçamento das famílias menos abastadas. Em que pese o fato de a maior parte já ter sido colhida, os seríssimos obstáculos à mobilidade reduzem a oferta e elevam o preço médio do arroz em todo País”, comenta.
Os impactos imediatos no agronegócio brasileiro, como restrições na oferta, destruição da infraestrutura e desarticulação dos processos, são apenas parte dos problemas causados pelo desastre climático. A longo prazo, a qualidade do solo deve ser empobrecida devido à ação da água, que além de remover nutrientes da superfície, também pode contaminar as áreas com substâncias poluentes.
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Eventos dessa magnitude não são imprevisíveis, embora seja difícil prever quando, onde e com que intensidade ocorrerão. Um exemplo disso foi o ocorrido em 1941, o que levou à construção de uma grande obra de engenharia para conter a força da água. No entanto, a falta de manutenção adequada do sistema é um problema recorrente.
Fonte: agrolink