Segundo Pompeo Scola, psicólogo, conselheiro empresarial, consultor, investidor de startups, mentor e CEO da aceleradora Cyklo, a recente atualização da NRI-1, em vigor desde o início de 2024 conforme o Ministério do Trabalho e Emprego, amplia significativamente a responsabilidade das empresas no cuidado com a saúde emocional dos colaboradores. A norma passou a incluir doenças emocionais e psicosomáticas como depressão, assédio moral e burnout no escopo do Gerenciamento de Riscos Ocupacionais, exigindo das empresas ações concretas para mapeamento, prevenção e suporte.
Para Scola, essa mudança, apesar de parecer justa, desafia o modelo tradicional de gestão de riscos por incluir variáveis que extrapolam o ambiente físico e o horário de trabalho. Ao lidar com questões socioemocionais, torna-se mais difícil identificar se a origem do sofrimento está no ambiente corporativo ou em experiências externas, como relacionamentos pessoais, que apenas se manifestam no trabalho. Assim, as empresas precisam ir além da ergonomia e desenvolver estratégias que acolham os colaboradores integralmente.
Ele sugere que ambientes de alta cobrança sejam repensados com recursos lúdicos e psicossociais, transformando metas em dinâmicas mais envolventes, como em jogos que exigem esforço, mas oferecem recompensas e propósito. Também é fundamental oferecer suporte psicológico contínuo, enxergando o colaborador como alguém que vive batalhas fora da empresa que impactam seu desempenho dentro dela.
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“A sociedade precisa mais do que nunca aprender a lidar com uma coisa chamada psicologia de recalque. Temos que suportar situações ruins, reconhecer a tristeza, fraquezas e ir em frente, pois caso isso não aconteça seguiremos terceirizando os culpados e essa conta ficará cada vez mais cara para as empresas e para a sociedade!”, conclui.
Fonte: agrolink
