Milho recua na B3 com mercado lento no fim de ano


Os contratos futuros de milho tiveram movimentos distintos nas bolsas, refletindo ajustes técnicos e fatores de demanda em um período de menor liquidez no mercado. Segundo análise da TF Agroeconômica, o mercado brasileiro foi pressionado por realização de lucros e pelo ritmo lento de negócios típico do final de ano, enquanto o cenário internacional foi sustentado por exportações firmes e desempenho recorde do setor de etanol.

Na B3, as cotações do milho encerraram a quarta-feira em baixa, devolvendo parte dos ganhos registrados na sessão anterior. A combinação de menor interesse tanto de compradores quanto de vendedores contribuiu para um ambiente mais fraco para os preços. O contrato com vencimento em janeiro de 2026 fechou a R$ 71,17, com recuo diário de R$ 0,73 e queda semanal de R$ 1,10. O vencimento de março de 2026 terminou o dia cotado a R$ 75,58, com baixa de R$ 0,33 no dia, mas ainda acumulando alta de R$ 0,43 na semana. Já o contrato de maio de 2026 fechou a R$ 74,83, com perda diária de R$ 0,28 e avanço semanal de R$ 0,47.

Em Chicago, os preços do milho apresentaram alta, impulsionados por uma demanda consistente e pelo desempenho do mercado de etanol. O contrato de março subiu 0,91%, encerrando a US$ 4,44 o bushel, enquanto o vencimento de maio avançou 1,01%, a US$ 4,52. O suporte veio do fortalecimento das exportações americanas, com compromissos de vendas 29,75% acima do registrado no mesmo período do ano comercial anterior. 

A competitividade do milho dos Estados Unidos no mercado asiático ganhou espaço diante da menor presença do produto brasileiro e das dificuldades de oferta da Ucrânia. Além disso, o setor de etanol, responsável por cerca de 40% do consumo interno de milho, segue registrando níveis recordes de produção, reforçando o suporte às cotações.
 

Fonte: agrolink

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