Os contratos futuros de milho encerraram a sexta-feira e o acumulado da semana em queda na B3, em um cenário marcado por negociações lentas e menor interesse comprador no encerramento do ano. De acordo com a TF Agroeconômica, a retração da demanda pelo cereal tem limitado os negócios no mercado futuro e também se reflete no mercado físico, que vinha de um período prolongado de valorização.
Na comparação semanal, a Média Cepea registrou recuo de 1,19%, sinalizando arrefecimento nos preços internos. O movimento negativo foi reforçado pela desvalorização do dólar, que caiu 0,41%, e pelo desempenho da Bolsa de Chicago, que recuou 0,72% no dia, adicionando pressão às cotações domésticas. Ainda assim, os preços nos portos seguem sustentados pela taxa de câmbio acima de R$ 5,40, o que permitiu avanço de 0,89% no valor FOB do milho destinado à exportação.
Diante desse quadro, os principais vencimentos negociados na B3 fecharam em baixa. O contrato janeiro de 2026 encerrou cotado a R$ 71,91, com perda diária de R$ 0,36 e recuo semanal de R$ 2,32. O vencimento março de 2026 terminou a sessão a R$ 74,88, apresentando queda de R$ 0,27 no dia e de R$ 1,26 na semana. Já o contrato de maio de 2026 fechou a R$ 74,25, com baixa diária de R$ 0,11 e desvalorização semanal de R$ 1,27.
No mercado internacional, o milho negociado na Bolsa de Chicago também encerrou o dia e a semana em baixa. O contrato dezembro caiu 0,86%, a US$ 4,31 por bushel, enquanto março recuou 1,29%, para US$ 4,40 por bushel. A pressão veio principalmente da forte queda da soja, apesar do equilíbrio entre a ampla oferta e a boa demanda interna e externa.
Dados do censo indicaram que as exportações americanas de milho somaram 6,29 milhões de toneladas em setembro, alta de 9,1% frente ao mês anterior e avanço expressivo de 60,9% na comparação anual. Os embarques de etanol alcançaram 148,4 milhões de galões no mesmo período, refletindo demanda firme no mercado internacional. Mesmo com esses indicadores positivos, o milho em Chicago acumulou queda semanal de 0,90%.
Fonte: agrolink





