De acordo com a TF Agroeconômica, a recente valorização do milho no mercado brasileiro e internacional tem gerado oportunidades para aqueles que seguiram as recomendações de venda antecipada, realizadas desde dezembro. As orientações de vender o produto quando os preços estavam mais próximos dos custos de produção trouxeram melhores resultados financeiros do que mantê-lo armazenado, prática comum entre agricultores, mas nem sempre vantajosa. A cautela permanece necessária, pois as cotações do milho, apesar de uma recente tendência positiva, ainda precisam romper resistências para consolidar uma alta mais consistente.
No cenário técnico, as cotações do milho precisam ultrapassar resistências importantes, como os US$ 4,03 e US$ 4,09 na Bolsa de Chicago, para que se possa pensar em um retorno às máximas de julho, em US$ 4,23. No Brasil, a B3 mostrou cotações mais elevadas em agosto, mas o milho ainda não conseguiu superar a resistência dos R$ 62,34. A disputa entre exportadores e indústrias, juntamente com a subida dos prêmios de exportação, pode contribuir para movimentos de alta, mas os preços precisariam alcançar R$ 73,60 para cobrir os custos de produção, segundo o DERAL-PR.
Os fatores que sustentam a alta do milho incluem o aumento da demanda externa pelos grãos dos EUA, impulsionada pelos preços baixos, e a quebra da safra passada no Brasil, além da competição entre exportadores e indústrias de carne. No entanto, a abundância da colheita nos EUA, que avança rapidamente, e as melhores condições climáticas no Centro-Oeste brasileiro, limitam esses aumentos. Além disso, a ANEC reduziu a estimativa de exportação de milho para agosto, o que pode impactar ainda mais os preços no mercado.
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Por fim, tanto no Brasil quanto nos EUA, os preços do milho estão abaixo do custo de produção, o que gera desafios para os produtores. Enquanto os preços baixos beneficiam criadores de suínos e aves, a maioria dos agricultores enfrenta dificuldades para cobrir os custos com os valores atuais, tanto no mercado físico quanto no futuro.
Fonte: agrolink