A Hedgepoint Global Markets apresentou suas estimativas sobre o balanço global de açúcar e seu fluxo comercial, focando em países como Brasil, Índia, Tailândia, e China. Segundo Lívea Coda, analista de Açúcar e Etanol da Hedgepoint, o mercado de açúcar parece ter atingido seu ponto mais baixo, com expectativas de recuperação nos preços nas próximas semanas, dependendo do ritmo da safra do Centro-Sul do Brasil.
Embora existam preocupações sobre uma possível queda acentuada na produtividade da cana entre agosto e setembro, a analista destaca que, mesmo com uma possível redução na produção de açúcar, ainda haveria um excedente no fluxo comercial global.
“Esse aperto adicional pode reforçar o suporte já esperado para os preços do açúcar durante o período de entressafra do Centro-Sul. Os preços precisariam retornar à paridade de exportação indiana, em pelo menos 18,5 c/lb. Considerando todos os fatores subjacentes, é razoável esperar que os preços voltem a 19 c/lb quando o TCH começar a mostrar sinais de fraqueza, com potencial para ultrapassar 20 c/lb durante a entressafra. Entretanto, continua sendo um desafio discutir níveis que se aproximem das máximas observadas em 2023”, comenta a analista.
A temporada 2024/25 do Centro-Sul apresentou um forte desempenho, com 332,8 milhões de toneladas de cana moídas até julho, um aumento de 6,7% em relação ao ano anterior, impulsionado por um início rápido e clima seco. No entanto, espera-se uma queda de 8,9% na produtividade entre agosto e setembro devido ao clima quente e seco. A produção total de cana deve variar entre 608 e 620 milhões de toneladas, conforme o crescimento projetado de 4,5% na área cultivada pela Conab.
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A maior concentração de açúcares redutores na cana-de-açúcar tem reduzido o mix de açúcar nas usinas. Com um mix de 50,2% projetado para a temporada, a produção pode variar entre 40,5 e 41,3 milhões de toneladas. Se atingir o mínimo, um período de entressafra mais longo pode sustentar os preços, ajustando a faixa de 17-19 centavos para 18-21 centavos de dólar por libra-peso.
Fonte: agrolink
