O mercado de trigo nos estados do Sul do país apresenta ritmo lento e baixa fluidez nas negociações, influenciado por fatores sazonais, câmbio e pelo nível confortável de abastecimento da indústria. Segundo a TF Agroeconômica, o período de final de ano contribui para a redução das operações, com expectativa de paralisações temporárias em moinhos e menor urgência de compras.
No Rio Grande do Sul, as negociações estão praticamente suspensas, em um cenário marcado pela proximidade das festas e pela programação de limpeza e férias coletivas em unidades industriais. A estimativa é de que cerca de 1,55 milhão de toneladas da safra nova já tenham sido comercializadas, o equivalente a 42% a 44% da produção. Os preços referenciais do trigo para moagem variam entre R$ 1.100 e R$ 1.150 por tonelada posto em moinhos locais, enquanto no porto os valores chegam a R$ 1.180 em dezembro e R$ 1.190 em janeiro. O trigo destinado à ração é indicado a R$ 1.120 em dezembro e R$ 1.130 em janeiro, com preço da pedra em R$ 54,00 por saca em Panambi. A leitura é de um mercado confortável do lado da indústria, sem pressa para novas aquisições.
Em Santa Catarina, o mercado segue estável e equilibrado, com maior movimentação concentrada no balcão e acompanhando o fim da colheita. As pedidas giram em torno de R$ 1.200 FOB, enquanto os moinhos indicam valores entre R$ 1.150 e R$ 1.200 CIF. Negócios pontuais foram registrados a R$ 1.200 no diferido, e os preços da pedra permanecem estáveis na maioria das regiões, variando de R$ 60,00 a R$ 66,00 por saca.
No Paraná, o mercado local também permanece travado, com moinhos bem abastecidos e indicações entre R$ 1.170 e R$ 1.250 CIF, conforme distância e prazo. As compras estão concentradas para janeiro e fevereiro. A valorização do dólar, que alcançou R$ 5,52, eleva o custo do trigo importado e dá sustentação aos preços, embora sem gerar maior fluidez nos negócios. O preço médio ao produtor é de R$ 63,97 por saca, com alta semanal de 0,51%.
Fonte: agrolink






