De acordo com a TF Agroeconômica, a alta dos preços do trigo, que foi temporariamente adiada pelo anúncio do governo russo sobre novos preços mínimos, deve se intensificar nos próximos meses. A medida da Rússia, que tornará o trigo local mais caro em comparação com os concorrentes internacionais, fez com que os exportadores se apressassem em vender seus estoques adquiridos dos agricultores.
A aproximação do período sazonal de congelamento de rios e ferrovias no país deverá retardar os embarques, levando o mercado global a buscar trigo nos Estados Unidos. Além disso, a Europa enfrentará uma redução de 63% na disponibilidade de trigo da safra anterior, o que deve pressionar ainda mais os preços na bolsa de Chicago.
No Brasil, a pressão sobre a safra de trigo deve persistir durante os meses de novembro e dezembro. A expectativa é de que, quando os dados começarem a mostrar que a produção é significativamente menor do que a oficialmente prevista, os preços comecem a subir. Esse cenário reflete uma dinâmica de oferta e demanda que favorece uma elevação nos valores, especialmente considerando as dificuldades enfrentadas por outros países produtores.
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Para mitigar o impacto da alta esperada, a recomendação para os moinhos é que aproveitem a atual baixa em Chicago e coloquem ordens de compra. Essa estratégia permitirá que eles estabeleçam um piso de aquisição de matéria-prima para o primeiro semestre de 2025, garantindo uma proteção contra as oscilações de preço. Atualmente, as cotações para março de 2025 estão em R$ 1.176 por tonelada, enquanto os valores para maio e julho são de R$ 1.199,07 e R$ 1.212,08, respectivamente.
Fonte: agrolink