As cotações do milho em Chicago mantiveram-se praticamente inalteradas esta semana, porém com uma tendência clara de queda. Segundo a Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA), o preço do bushel de milho fechou a quinta-feira (20) a US$ 4,39 para o contrato de primeiro vencimento, comparado a US$ 4,58 na semana anterior.
O plantio do milho nos Estados Unidos já está encerrado, e até o dia 16 de junho, 72% das lavouras estavam em condições de boas a excelentes, uma melhora significativa em relação aos 55% no mesmo período do ano passado. Outros 23% das lavouras estavam em condições regulares, enquanto 5% foram classificadas como ruins ou muito ruins. Além disso, 93% das lavouras já haviam germinado até a data indicada, superando ligeiramente a média histórica de 92%.
Enquanto isso, os embarques de soja pelos Estados Unidos atingiram 1,3 milhão de toneladas na semana encerrada em 13 de junho. Com esse volume, o total exportado no atual ano comercial chega a 40,4 milhões de toneladas, bem acima das pouco mais de 31 milhões de toneladas exportadas no mesmo período do ano passado.
De acordo com a análise da CEEMA, esses dados destacam um cenário de estabilidade nas cotações do milho, mas com um viés de baixa devido à boa condição das lavouras norte-americanas. Já o desempenho nas exportações de soja reflete um aumento significativo na comparação anual, evidenciando uma robustez na demanda externa pelo produto norte-americano.
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Os analistas da CEEMA observam que a dinâmica atual do mercado de milho e soja nos Estados Unidos pode influenciar os mercados globais, incluindo o Brasil. No contexto brasileiro, as condições climáticas e a política cambial continuarão desempenhando papéis cruciais na determinação dos preços e na competitividade dos produtos agrícolas no mercado internacional.
Para os produtores brasileiros, a oscilação dos preços internacionais e a variação cambial são fatores a serem monitorados de perto. Enquanto o milho enfrenta um viés de baixa nos preços, a soja mostra sinais de forte demanda externa, o que pode beneficiar os exportadores brasileiros.
Fonte: agrolink