O mercado de aveia nos Estados Unidos em 2025 enfrenta desafios significativos devido a complicações tarifárias e à escassez de estoques no Canadá, seu principal fornecedor. A forte interdependência entre os dois países torna as negociações comerciais um fator crucial para a estabilidade do setor. Restrições tarifárias e eventuais disputas comerciais podem limitar as opções de importação e elevar os custos para toda a cadeia produtiva.
Nos últimos anos, a aveia deixou de ser uma cultura voltada para ração e passou a atender principalmente ao mercado de alimentação humana, impulsionada por tendências de saúde e sustentabilidade. Os Estados Unidos representam 30% da moagem global e 22% da produção mundial de aveia, com Canadá e EUA liderando as exportações e importações do cereal. No Canadá, aproximadamente 72% da aveia consumida comercialmente é destinada ao consumo humano, enquanto o restante ainda atende ao setor de ração animal.
As tarifas aplicadas pelos Estados Unidos sobre produtos canadenses desde março adicionam incertezas ao mercado. Enquanto algumas taxas foram temporariamente suspensas, outras continuam em vigor, e novas medidas retaliatórias podem ser adotadas. O impacto já afeta setores como frutas, laticínios e carnes, além de commodities como aço e veículos elétricos. Ao mesmo tempo, restrições impostas pela China ao óleo e ao farelo de canola canadenses, bem como a outras exportações agrícolas, aumentam a pressão sobre os produtores.
A volatilidade tarifária e os baixos estoques de aveia criam desafios para toda a cadeia de suprimentos, elevando os custos para importadores e consumidores. O repasse desses custos pode afetar o preço final do produto, impactando diretamente as decisões de compra.
Fonte: agrolink