Por Flávio Hirata, engenheiro agronomo pela ESALQ-USP, especialista em registro de agrotóxicos e sócio da AllierBrasil.
A partir de 2017, o número de registro de produtos aprovados ultrapassou a marca de 400, tendo atingido o recorde histórico em 2022, com 652 aprovações.
Faltando menos de 4 meses para o final do ano, o Ministério da Agricultura aprovou 328 registros de agrotóxicos em 2024, sendo, 38 produtos biológicos (12%), 182 produtos formulados químicos (55%) e 108 produtos técnicos (33%).
Dentre os produtos formulados químicos aprovados, a grande maioria é de produtos baseados em produtos técnicos equivalentes, também denominados de “genéricos”. Os produtos genéricos são a força motriz das empresas, em número, que atuam ou que estão tentando o acesso ao mercado brasileiro de pesticidas. E aí se destacam os produtos de origem da China e da Índia, que são os principais fornecedores de produtos genéricos.
Sete empresas foram responsáveis por 36% dos registros aprovados, com destaque para a AllierBrasil com 9% das aprovações (23), Sumitomo Chemical, 7% (19), Rainbow, 5% (13) e Adama, 5% (12).
Em comparação aos dados de 2023, praticamente são as mesmas empresas que detêm o maior número de aprovações de registro de produtos formulados químicos, com exceção da Sumitomo Chemical e Bayer.
Em relação aos produtos biológicos, as aprovações de registros são bastante pulverizadas entre as empresas do setor.
Mesmo com essa quantidade de registros aprovados, é importante salientar que muitos dos produtos aprovados já não têm a mesma demanda, quando comparado à época dos pleitos dos seus respectivos registros. Isto se deve ao fato que o tempo para aprovação de um registro de agrotóxico (químico) é extremamente longo. Diferente do que acontece com o registro de produtos biológicos, cujas avaliações são priorizadas e o tempo para aprovação geralmente não ultrapassa 12 meses.
O registro de produto somente não garante o sucesso do negócio. Mas, certamente, é a chave mestre para o acesso ao maior mercado de agroquímicos do mundo.
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Fonte: agrolink