Lavouras de aveia branca demonstram bom desenvolvimento


O Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (22) pela Emater/RS-Ascar trouxe um panorama sobre o desenvolvimento das lavouras de aveia branca no Rio Grande do Sul. As geadas que ocorreram entre os dias 12 e 14 de agosto foram favoráveis ao desenvolvimento vegetativo da cultura. No entanto, na região Noroeste do estado, onde parte das lavouras já se encontra em estágios reprodutivos mais avançados, o fenômeno pode ter causado danos, como o abortamento de flores, que pode resultar em um menor número de sementes nas espigas. Ainda não há, contudo, uma avaliação definitiva sobre possíveis perdas de produtividade.

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Ao longo do restante do período, os produtores aproveitaram as condições favoráveis de temperatura e umidade para a aplicação de fungicidas. Devido ao aumento das temperaturas, houve intensificação no monitoramento para a detecção de pragas, com destaque para o pulgão. A Emater/RS-Ascar estima que a área cultivada com aveia branca para produção de grãos seja de 365.590 hectares, com uma produtividade de 2.402 kg/ha.

Na região administrativa de Bagé, na Campanha, as lavouras de aveia branca demonstram bom desenvolvimento, favorecidas pelo clima ensolarado e pelas temperaturas amenas. As condições adequadas de umidade do solo permitiram a aplicação de herbicidas para controle de plantas daninhas de folhas largas, bem como a distribuição de fertilizantes a lanço, mantendo a sanidade das lavouras em excelente estado.

Em Erechim, após a adubação nitrogenada, os produtores seguem monitorando e manejando pragas e doenças. Cerca de 70% da área está em desenvolvimento vegetativo, enquanto 30% já se encontra em fase de floração e enchimento de grãos. A expectativa de produção na região permanece estável, apesar de uma leve redução na área foliar nas lavouras semeadas no início do período, o que foi compensado pelo bom desenvolvimento das áreas semeadas mais tarde.

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Frederico Westphalen, por outro lado, enfrenta desafios com as lavouras em estágios reprodutivos mais avançados, onde doenças como mancha foliar, oídio e ferrugem têm impactado significativamente, potencialmente reduzindo a produtividade. No entanto, as lavouras em estágios vegetativos ou reprodutivos iniciais, que representam 70% da área total, ainda preservam seu potencial produtivo.

Na região de Ijuí, a cultura de aveia branca apresenta melhoria no desenvolvimento das plantas, especialmente nas áreas em fase de alongamento do colmo e início da emissão da panícula. No entanto, há um aumento na incidência de ferrugem da folha, provocando a senescência das folhas basais nas áreas mais afetadas.

Em Passo Fundo, a cultura se encontra nas fases de emborrachamento e afilhamento, com o estado fitossanitário dentro do esperado, sem grandes incidentes de pragas ou doenças.

Já em Santa Rosa, as lavouras plantadas no início do período recomendado estão em fases de espigamento, floração e enchimento de grãos. Há preocupação com as geadas já ocorridas e a previsão de novas geadas na próxima semana, o que pode impactar negativamente a formação dos grãos.

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Na região de Soledade, as lavouras de aveia branca se beneficiaram das condições climáticas, como tempo firme, sol e temperaturas predominantemente frias a amenas, que favoreceram o fortalecimento das estruturas das plantas e a formação dos componentes de rendimento, indicando uma safra promissora. No entanto, o aumento das temperaturas acelerou o crescimento das plantas, com parte da área avançando para a fase de elongação do colmo e outra parte permanecendo em perfilhamento. O monitoramento e o controle de doenças, como manchas foliares, ferrugem e oídio, estão em andamento.

Em termos de comercialização, o preço médio praticado para a aveia branca destinada à indústria foi de R$ 74,00 por saca de 60 quilos em Ijuí, R$ 78,00 em Passo Fundo e R$ 1,10 por quilo em Frederico Westphalen.

Fonte: agrolink

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