Após uma safra marcada pelo El Niño, que causou seca no Centro-Oeste e afetou a produção de soja no Mato Grosso, os produtores estão atentos às condições climáticas futuras. Para o segundo semestre, prevê-se a ocorrência do La Niña, que resfria a temperatura da superfície do Oceano Pacífico Tropical Central e Oriental.
Segundo a NOAA, há 69% de chance de desenvolvimento do La Niña entre julho e setembro. A meteorologista Desirée Brandt, da Nottus, explica que o fenômeno geralmente provoca mais seca no sul do Brasil e chuvas mais bem distribuídas no Centro-Oeste. Contudo, ela alerta para a possibilidade de doenças nas lavouras, pois o La Niña pode aumentar as chances de invernadas durante a colheita.
“Ainda é uma perspectiva, que precisará ser monitorada nos próximos meses para que se confirme. Por enquanto, os modelos climáticos estão apontando algo dentro do normal, ou seja, sem atraso, e pelo contrário, mostrando até uma condição para um outubro úmido”, destacou.
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Os produtores estão preocupados com a possível redução de chuvas durante o desenvolvimento da soja, o que pode prejudicar o crescimento e a produtividade das lavouras. Monitorar as condições climáticas e adotar estratégias de manejo adequadas são essenciais para minimizar os impactos na produção. A orientação é para que os produtores fiquem atentos, pois o La Niña ainda está em formação e precisa ser monitorado para avaliar seu impacto na safra 24/25. Normalmente, o La Niña resulta em menos chuvas no Sul e mais no Norte e Nordeste do Brasil. No Sudeste e Centro-Oeste, há chances de períodos frios e chuvosos, podendo atrasar, mas também prolongar, o período úmido.
Fonte: agrolink
