Em 2023, o Brasil importou cerca de 183 toneladas de cerdas de porco lavadas, alvejadas ou desengorduradas, totalizando aproximadamente 1,7 milhão de reais, conforme dados do Agrostat/MAPA. Essas importações foram realizadas por cinco estados, sendo o Rio Grande do Sul o principal responsável pelas aquisições, com 76% do volume total. Em seguida, Pernambuco com 14%, São Paulo com 7%, Santa Catarina com 2% e Paraná com 1%.
As informações foram divulgadas no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 5 a 11 de julho, produzido pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná. Nos primeiros cinco meses de 2024, o Brasil já importou 61 toneladas dessas cerdas, o equivalente a 529 mil reais. Novamente, o Rio Grande do Sul liderou, representando 93% do volume importado, seguido por São Paulo (3%), Santa Catarina (2%) e Paraná (1%).
As cerdas de porco podem ser utilizadas em diversas aplicações industriais, como na fabricação de escovas para cabelos fragilizados; pincéis para pintura, conhecidos por sua boa capacidade de retenção de tinta e resistência a solventes; pincéis para limpeza de peças e equipamentos; escovas para polimento; discos para enceradeiras; escovas de dentes; entre outros produtos. Suas características de resistência, rigidez e baixa capacidade de absorção de água as tornam ideais para tarefas que requerem escovas firmes e suaves ao mesmo tempo.
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Atualmente, todas as cerdas de porco importadas pelo Brasil provêm da China, uma vez que não há conhecimento de empresas nacionais que processem esse material, conforme informado por empresa importadora. A China possui tradição no uso dessa matéria-prima, tendo desenvolvido as primeiras escovas de dentes com cerdas de porco no final do século XV. Posteriormente, na década de 30, as cerdas de porco foram substituídas por cerdas de náilon nos Estados Unidos.
Fonte: agrolink
